sábado, 28 de fevereiro de 2015

EVANGELHO DO DIA - COMENTADO


A radicalidade no amor - Mt 5, 43-48

Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!”. Ora, eu vos digo: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.



O amor ao próximo é exigência da vida em Cristo

As antíteses deste trecho do sermão da montanha de Mateus ajudam-nos a esclarecer o específico da vida cristã, como dissemos antes, e dá aos discípulos um critério de ação. A “justiça maior” exigida por Jesus dos seus discípulos é, na verdade, fruto da identificação do discípulo com ele. Essa “justiça” acontece somente quando se ama sem fingimento. A exigência do amor ao próximo e ao inimigo é exigência da vida em Cristo. É a atitude de quem se experimentou amado por Deus, não obstante suas próprias faltas, e de quem tira para o seu relacionamento com os outros as consequências da misericórdia de Deus para com ele (ver: Mt 18,23- 35). Essa é a atitude do misericordioso e do “fazedor de paz”, de quem sabe que o verdadeiro tesouro está em Deus e a sua recompensa nos bens futuros prometidos por Deus. O último versículo é a conclusão das seis antíteses. A perfeição consiste na superação do reducionismo legalista da Lei e na prática do amor fraterno que supera os laços afetivos. A perfeição de Deus consiste em que ele ama sem fazer acepção de pessoas. Ao dizer que “Deus é amor” (1Jo 4,16), o autor está dizendo igualmente que Deus é perfeito.

Pe. Carlos Alberto Contieri
Fonte: www.paulinas.org.br

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EVANGELHO DO DIA - COMENTADO



Buscai a reconciliação! - Mt 5, 20-26

Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. “Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar deverá responder no tribunal’. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá responder no tribunal; quem disser ao seu irmão ‘imbecil’ deverá responder perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de ‘louco’ poderá ser condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda. Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade, te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

O amor nos torna compassivos e misericordiosos

Nesse itinerário quaresmal, é importante para todos os cristãos crescer na consciência do que é específico da vida cristã. Nosso evangelho de hoje é de grande ajuda para tal. Ele apresenta um modo de agir que supera o legalismo de colorido farisaico, que torna a pessoa prisioneira da letra. Somente o amor pode levar a superar o legalismo; amor que nos torna compassivos e misericordiosos como Deus é misericordioso (cf. Lc 6,36). Não se trata simplesmente da interdição de tirar a vida de alguém (cf. Ex 20,3; Dt 5,7), mas é proibido, na nova lei, depreciar o semelhante dando a ele títulos ofensivos. Não é somente a morte física que é visada na interdição, mas toda ofensa moral cometida contra o irmão (v. 22). Ao contrário, ao discípulo Jesus impõe a exigência de reconciliação. A reconciliação é condição para a oferta de um verdadeiro sacrifício de louvor. Nós poderíamos dizer, a reconciliação é o sacrifício que agrada a Deus; “é a misericórdia que eu quero”, diz Deus (cf. Os 6,6). O esforço de reconciliação requerido e visado nesta antítese é uma explicitação da bem-aventurança da mansidão (5,4). “Manso” (cf. Sl 37,11), em hebraico, corresponde a “pobre”; entenda-se, pobre de espírito (cf. 5,3), isto é, aquele que reconhece e acolhe o Reino de Deus como dom.


Pe. Carlos Alberto Contieri
Fonte: www.paulinas.org.br

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

EVANGELHO DO DIA - COMENTADO



Pedi e recebereis! - Mt 7, 7-12

Pedi e vos será dado! Procurai e encontrareis! Batei e a porta vos será aberta! Pois todo aquele que pede recebe, quem procura encontra, e a quem bate, a porta será aberta. Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas.


A oração confiante

O texto do evangelho deste dia é um convite à oração de súplica confiante, pois nesse tipo de oração confessamos nossa própria miséria, uma vez que não podemos nos dar o que pedimos, nem sabemos se o que desejamos é o que Deus quer para a nossa vida. É necessário, no entanto, empenho para conhecer a vontade de Deus. Nosso texto de hoje é parte do sermão da montanha (Mt 5–7), em que Jesus é apresentado como o intérprete da Lei de Moisés. Mas por que pedir, se Deus sabe tudo e conhece profundamente cada pessoa (cf. Sl 138)? Em primeiro lugar, para reconhecer que tudo o que é bom para a vida do ser humano procede do Pai. Em segundo lugar, porque a súplica em favor das necessidades dos outros e das suas próprias abre a pessoa de fé para a relação filial com Deus Pai, que é a fonte de todo verdadeiro bem. A regra de ouro, bem anterior ao Novo Testamento, é não somente conclusão do trecho em questão, mas de toda a seção do sermão da montanha que trata da conduta a ser adotada em relação ao próximo. A regra de ouro é uma regra de solidariedade, que possibilita a convivência pacífica e respeitosa, anterior ao nosso texto e conhecida no mundo pagão. Eclo 31,14-15 apresenta um exemplo de aplicação dessa regra.


Pe. Carlos Alberto Contieri

*Fonte: http://www.paulinas.org.br

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

# EVANGELHO DO DIA - COM COMENTÁRIO


A multidão em busca de um sinal - Lc 11, 29-32

Acorrendo as multidões em grande número, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. De fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão; pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas”.

É necessário ver para crer?
A fé em Jesus não está subordinada a nenhum ato espetacular e grandioso; ela é dom recebido pelo testemunho daqueles que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Exigir um sinal para crer é tentar Deus. É nesse sentido que os contemporâneos de Jesus o provocam. Há certos esquemas mentais que impedem de reconhecer a visita salvífica de Deus em Jesus, pois defendem o “é necessário ver para crer”. Como no relato das tentações, Jesus se recusa a satisfazer essa exigência tal qual solicitada. Jesus mesmo, toda a sua vida, é um sinal que remete ao mistério de Deus. A evocação do episódio de Jonas serve para apelar à penitência, necessária para acolher o Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus (cf. Mc 1,15). É pela penitência que se alcança a purificação do coração, necessária para reconhecer que tudo o que Jesus faz e ensina é sinal; a vida inteira de Jesus é um sinal. O coração livre de todo apego é condição para acolher o mistério de Deus tal qual ele se revela em Jesus Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri

Fonte: http://www.paulinas.org.br

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

# Homilia da Missa de acolhida do novo bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife - Dom Antônio Tourinho

24 Feb 2015 | Categoria: Formação Notícias
Deixe seu comentário

Primeiro Domingo da Quaresma
Apresentação de Dom Antônio Tourinho Neto
Santuário Basílica do Sagrado Coração – Salesianos 
Brasão_Dom_Saburido
Caríssimos irmãos e irmãs,
O Tempo da Quaresma que tivemos a graça de iniciar na última quarta-feira com a celebração das cinzas é tempo de escuta atenciosa da Palavra do Senhor que vem nos recordar a história de um Deus que caminha conosco e nos conduz à Páscoa. É tempo de silêncio espiritual, de reflexão e oração, tempo de preparação para o encontro com o Cristo – Ressurreição e Vida Nova.
A liturgia de hoje se inspira na catequese batismal. Sobretudo no passado, a quaresma era tempo de preparação para o batismo a ser administrado na noite santa, na Vigília Pascal. Ainda hoje, esse tradicional costume se mantém com o batismo, sobretudo de adultos, na Missa da Vigília. Nessa ocasião, se faz pelo menos a renovação solene das promessas batismais, seguida da aspersão com a água abençoada naquela ocasião.
As duas primeiras leituras da Missa de hoje fazem referência à Arca construída por Noé, instrumento de salvação para os justos. Estes foram poupados do dilúvio que representava, para os antigos, o desencadeamento das forças do mal. Na primeira carta de São Pedro, conforme a segunda leitura está escrito: “À arca corresponde ao batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Cristo”. Jesus é, portanto, comparado à Arca que salvou Noé e os seus das águas do dilúvio. Com Ele somos imersos na água batismal e dela ressurgimos renovados, para uma nova e eterna aliança.
O Evangelho das tentações de Jesus vem em seguida ao seu batismo no Jordão quando foi investido pelo Pai com o título de “Filho Amado”. Nos seus 40 dias de deserto, Jesus resume a caminhada do povo de Israel e antecipa também seu próprio caminho de Servo do Senhor. É o “servo sofredor” de que fala o profeta Isaías. No silêncio do deserto Jesus nos ensina que somente pela força da oração e da intimidade com Deus poderemos vencer o mal e nos posicionarmos definitivamente ao lado do Criador e Pai. As tentações sofridas por Jesus no deserto, especialmente no que diz respeito ao Ter, Ser e Poder, são as tentações dos tempos atuais. Com muita facilidade a pobre criatura humana se deixa levar pela enganosa proposta do dinheiro fácil e abundante, assim como, pelo desejo do domínio sobre seus semelhantes. Não podemos, enquanto Igreja de Jesus Cristo, comprometida com os mais pobres e excluídos, nos omitir do nosso compromisso cristão e sim testemunhar pela vida o que professamos pela fé.
Como nos últimos anos, somos convidados nessa quaresma a trabalhar o tema proposto pela Campanha da Fraternidade. Nesse ano: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. E o lema: “Eu vim para servir” (Mc 10,45). Com essa CF 2015, a CNBB quer mostrar a atualidade dos documentos conciliares que, há cinco décadas, vem ecoando por todos os recantos do mundo.Muito, porém, temos ainda a aprender e aplicar dos ensinamentos contidos nesse verdadeiro manancial. Há 50 anos, os bispos de todo o mundo, reunidos no concílio, nos convocam a assumir como nossas “as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias da humanidade de hoje, sobretudo dos pobres e de todas as pessoas que sofrem, pois essas são também as alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos discípulos e discípulas de Jesus (GS 1).
“Eu vim para servir” lema da CF-2015, expressa com toda a certeza, os sentimentos do nosso querido irmão de Jequié na Bahia – Dom Antônio Tourinho Neto – que hoje chega para iniciar sua missão como bispo auxiliar desta nossa arquidiocese. Dentre as mais antigas do Brasil, Olinda e Recife tem uma bela história de compromisso missionário, mancada pela coragem de verdadeiros pastores e líderes preocupados com o bem espiritual e social deste querido povo nordestino. Dentre eles não podemos deixar de destacar o 20º Bispo de Olinda – Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira e o VI Arcebispo de Olinda e Recife – Dom Hélder Pessoa Câmara. Ambos falecidos com fama de santidade.
Gostaria, mais uma vez, de expressar a gratidão desta Igreja arquidiocesana pelo corajoso e desprendido SIM do nosso, já tão querido, Dom Antônio Tourinho. Agradecer, igualmente, a sensibilidade do papa Francisco em atender ao nosso apelo. Também a Dom José Rui G. Lopes, OFMCap – Bispo Diocesano de Jequié, que muito nos alegra com sua presença, pela entrega de seu Vigário Geral para o serviço desta Igreja. A partir de agora somos, inevitavelmente, igrejas irmãs e que, coincidentemente, têm Santo Antônio por padroeiro. Agradecer ainda aos seus familiares e amigos que ficarão saudosos deste filho, irmão, tio, primo, amigo e companheiro. Dentre esses, gostaria de destacar a pessoa de sua dedicada mãe, a senhora Edésia Villas-Bôas Tourinho, aqui presente, e seu querido pai que já se encontra na glória de Deus, Senhor Paulo Tourinho Neto. Posso assegurar a todos que Dom Antônio ganhará aqui uma nova e grande família, conforme garante o Evangelho para todo aquele que deixa pai, mãe irmãos e parentes por causa d’Ele e do Reino (Mc 10, 28-31). Não tendo dúvidas que, como em sua terra natal, aqui ele será feliz e cercado de amigos.
É nesse contexto litúrgico quaresmal, portanto, que temos a alegria de apresentar para a Igreja de Olinda e Recife o nosso tão esperado e desejado bispo auxiliar. Ele iniciará o seu múnus pastoral com o retiro espiritual canônico que a partir de amanhã estaremos iniciando em Lagoa Seca, na Paraíba. A exemplo de Jesus que antes de iniciar sua missão retirou-se, durante 40 dias no deserto, conforme o Evangelho de hoje, Dom Antônio estará 4 dias entregue à oração ao lado dos seus irmãos presbíteros e diáconos, reabastecendo-se espiritualmente e rezando por cada um de vocês.
A Constituição Dogmática Lúmen Gentium do Concílio Vaticano II, bastante citada nas reflexões da CF 2015,dedica todo o capítulo III ao ministério episcopal, e assim inicia: “Para apascentar e aumentar sempre o Povo de Deus, Cristo Senhor instituiu na sua Igreja uma variedade de ministérios que tendem ao bem de todo o corpo. Pois os ministros que são revestidos do sagrado poder servem a seus irmãos para que todos os que formam o Povo de Deus e, portanto, gozam da verdadeira dignidade cristã, aspirando livre e ordenadamente ao mesmo fim, cheguem à salvação”. E continua: “Jesus Cristo, Pastor Eterno, fundou a santa Igreja, enviando os Apóstolos, assim como Ele mesmo fora enviado pelo Pai (cf. Jo 20,21). E quis que os sucessores dos Apóstolos, isto é, os bispos, fossem em sua Igreja, pastores até a consumação dos séculos”. A missão do pastor, portanto, nos três graus do sacramento da ordem e, sobretudo do bispo, é apascentar o rebanho do Senhor tendo como modelo Jesus Cristo, o Pastor dos pastores. E nessa missão se preocupar especialmente com as ovelhas tresmalhadas. Recordo as palavras do Papa Francisco no Rio de Janeiro, aos bispos do CELAM. Ele retomou o que teve ocasião de dizer em Roma, aos Núncios Apostólicos, sobre os critérios a seguir ao preparar as listas dos candidatos ao serviço episcopal: “Os bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos; homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida; homens que não tenham psicologia de príncipes; homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra; homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhe foi confiado e cuidando de tudo aquilo que o mantém unido. Vigiar sobre o seu povo, atento a eventuais perigos que o ameaçam, mas, sobretudo, para fazer crescer a esperança; que tenha sol e luz no coração”. E concluiu: “O lugar do bispo para estar com o seu povo é triplo: ou à frente para indicar o caminho, ou no meio para mantê-lo unido e neutralizar as debandadas, ou então atrás para evitar que alguém se atrase mas também, e fundamentalmente, porque o próprio rebanho tem o seu faro para encontrar novos caminhos.”
O tríplice múnus episcopal, de que fala o ritual das ordenações, de ensinar, santificar e governar, não é uma mera delegação de poder, mas uma comunicação sacramental daqueles mesmos poderes sagrados dos apóstolos, de quem o bispo é sucessor, vinculado a uma série ininterrupta ao longo da história. Consciente do privilégio do chamado e ao mesmo tempo seguro das responsabilidades dele decorrente, nosso bispo auxiliar escolheu por Lema, “OmniaVincit Amor” (O Amor Vence Tudo – Rm 8,35-37). Assim esclarece a descrição heráldica do brasão episcopal: “Trata-se de uma passagem da carta de São Paulo aos Romanos em que o Apóstolo destaca a vitória de Jesus (em Jo 16,33). A vitória de Cristo é vitória nossa, pelo amor que Deus nos demonstrou na obra do seu Filho. O amor é mais forte que a morte e Deus nos ama para além da morte. Deus Pai em sua infinita bondade, pela morte e ressurreição do seu Filho Jesus Cristo, garantiu a nossa vitória por meio do amor vencedor de Cristo. Dom Antônio, no exercício do seu ministério apostólico, quer testemunhar este amor vencedor. Como bispo deseja anunciar o amor de Cristo que é mais forte que o mundo e que a morte. Através do ministério episcopal quer ser testemunha de que esse amor é penhor de ressurreição”.
É no serviço a Jesus Cristo, que se apresenta na face de todo aquele que sofre o peso da injustiça e da dor, nas diversas formas e expressões, que o bispo se sente chamado a exercer o seu múnus. Onde está o bispo, presente está a certeza do poder/serviço, conferido por Jesus à sua Igreja. Assegurada está, a continuidade da vida cristã, uma vez que, somente o bispo pode administrar o sacramento da ordem, gerando novos diáconos, presbíteros e bispos para levar adiante a missão profética e libertadora do Reino de Deus. É conveniente recordar, porém, no espírito do que ensina a catequese quaresmal a que nos referimos inicialmente, que é o sacramento do Batismo que nos abre as portas à participação do Reino. “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo” (Mc.16,15-16ª). Trata-se do sacramento comum a todos e que nos torna igualmente: sacerdote, profeta e rei. Dom José Cardoso Sobrinho, nosso arcebispo emérito costumava afirmar: “Eu gosto de repetir que é mais importante ser batizado que ser padre, bispo ou papa”. É claro que sendo o batismo, sacramento de iniciação cristã, não seria possível receber nenhum outro sem primeiramente tê-lo recebido. É bem conhecida a afirmação de Santo Agostinho: “Atemoriza-me o que sou para vós; consola-me o que sou convosco. Pois para vós sou Bispo, convosco sou cristão Aquilo é um dever, isto uma graça. O primeiro é um perigo, o segundo salvação” (s. 340,1).
Concluo, externando a confirmação de uma aliança com o meu irmão Dom Antônio, extensiva também a Dom Genival Saraiva de França, bispo emérito de Palmares e que temos a honra de tê-lo como nosso Vigário Geral. Trata-se de uma aliança de fraternidade sincera, baseada nos princípios fundamentais do Evangelho. Digo confirmar porque várias vezes manifestamos um para o outro essa intenção. Hoje temos oportunidade firmar solenemente em nossos corações, diante do rebanho que Deus confiou aos nossos cuidados pastorais. Peço a Deus que a nossa unidade seja real e verdadeira, estímulo para todos e bem espiritual e pastoral para nossa missão nessa amada Igreja de Olinda e Recife.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife.

# MENSAGEM DO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE - DOM FERNANDO - SOBRE A CF 2015 E QUARESMA

Celebração de Cinzas e abertura da Campanha da Fraternidade 2015

18 Feb 2015 | Categoria: Palavra do Arcebispo
Deixe seu comentário

Brasão_Dom_Saburido
Arquidiocese de Olinda e Recife
(Jl 2,12-18; 2Cor 5,20-6,2; Mt 6,1-6.16-18)
Caríssimos irmãos e irmãs,
Na alegria de iniciar mais uma Quaresma, escutemos de corações abertos o apelo: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Forte apelo para acolhermos o Evangelho como de fato é: “Boa Nova da Salvação”, capaz de dar novo rumo e renovado sentido à nossa vida, muitas vezes sem perspectiva ou motivação. Estes 40 dias de retiro espiritual que a quaresma nos proporciona a cada ano, nos asseguram a misericórdia de Deus diante de gestos sinceros de arrependimento e disposição de mudar, conforme nos ensina o profeta Joel na 1ª leitura: “rasgai o coração e não as vestes; e voltai para o Senhor vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”. A Quarta-feira de Cinzas propõe uma espiritualidade baseada no despojamento de nós mesmos (o jejum), na solidariedade para com todos os irmãos e irmãs (a caridade) e no aprofundamento da nossa intimidade com Deus (a oração). O Evangelho, que hoje nos ensina a prática dessas atitudes, também nos adverte que tudo deve ser feito com presteza e discrição, no propósito de ser visto, apenas, pelo Pai que está nos céus. “E o teu Pai que vê o que está escondido, te dará a recompensa”, palavra que escutamos três vezes neste pequeno texto de Mateus.
O mundo de hoje está cheio de ilusões enganosas, cuja segurança está posta em valores passageiros. As pessoas sentem necessidade de autoafirmação, de serem vistas, reconhecidas e aplaudidas. Estas atitudes contradizem a Palavra de Deus que nos convida à imitação “Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus”, (2Cor 5,21) conforme afirma São Paulo na segunda leitura que escutamos. Mistério que celebraremos no tríduo pascal, e ao qual devemos responder com igual gesto de amor e perdão para com os nossos semelhantes, especialmente para com aqueles/as que nos ofenderam.
Neste ano de 2015, celebramos os 50 anos da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II. Foi exatamente essa a motivação para a realização da Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para Servir” (cf Mc 10,45). Com essa escolha, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quer mostrar a atualidade de um documento que, há cinco décadas, vem ecoando por todos os recantos do mundo. Mais que uma instituição juridicamente estruturada, o que não deixa de ser, a Igreja, conforme declara o Documento Conciliar Lumen Gentium (A Luz dos Povos) é um imenso “Povo de Deus”, presente entre os povos e nações de todo o mundo, não se sobrepondo a eles, mas inserindo-se neles, como sal na comida ou fermento na massa (cf Mt 5,13). Portanto, como afirma o cardeal Odilo Scherer em seu artigo sobre a CF 2015: “a identificação pura e simples da Igreja com os membros da hierarquia é insuficiente e inadequada; ela é comunidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e testemunhas do Evangelho”. A Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje Gaudium et Spes(Alegria e Esperança), nos convoca, por sua vez, a assumir como nossas “as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias da humanidade de hoje, sobretudo dos pobres e de todas as pessoas que sofrem, pois essas são também as alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos discípulos e discípulas de Jesus (GS, n 1). Concretamente, isso vem acontecendo através das inumeráveis ações sociais da Igreja nos âmbitos da educação e da saúde, através das nossas estruturas: dioceses, paróquias, congregações religiosas e associações de fiéis leigos e leigas.
Por que escolhemos esse lugar para o lançamento desta Campanha da Fraternidade? Estamos no carente bairro dos Coelhos, ao lado das ruínas do Movimento Pró-Criança (da Arquidiocese de Olinda e Recife). Também neste bairro funcionam várias outras instituições ligadas, direta ou indiretamente, à Igreja Católica como: Organização de Auxílio Fraterno – OAF; Casa de Frei Francisco ou Instituto Dom Hélder Câmara; Comunidade Boa Nova que realiza um belo trabalho com dependentes químicos; Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), instalado em edifício de propriedade da Santa Casa de Misericórdia que, por sua vez, congrega várias frentes de trabalhos sociais e filantrópicos. Temos ainda outras ONGS com sede neste bairro. Todas essas organizações visam a educação, profissionalização, saúde, lazer, cultura e cidadania de crianças, jovens e adultos carentes e que são tratados como verdadeiros filhos e filhas de Deus. Trata-se de iniciativas voluntárias, inteiramente gratuitas, feitas com amor e que comprovam aquilo que a CF-2015 nos apresenta: “a vocação libertadora da Igreja em vista da construção de uma sociedade renovada”. É dever da Igreja, exercer sua missão profética de defender a justiça e lutar pela igualdade; e por outro lado, ir ao encontro dos carentes, oferecendo-lhes conforto espiritual e vida nova pelas vias da assistência elementar básica, motivando e suprindo lacunas de governantes omissos, primeiros responsáveis na promoção do bem estar da sociedade. Nos últimos tempos, os ministérios certificadores na área da assistência social, saúde e educação vêm pressionando o Terceiro Setor, no que diz respeito à concessão ou renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS, demonstrando falta de reconhecimento e vontade limitada de estimular as ações sociais da Igreja. Basta ver a quantidade de escolas religiosas ou hospitais filantrópicos, que fecham as portas por não ter condições de atender às tantas exigências, além da concorrência insuportável dos empresários da educação e da saúde.
A Campanha da Fraternidade ao longo dos seus 52 anos de existência tem nos motivado a viver a quaresma nos âmbitos: espiritual e pastoral. A aplicação do tema motiva ao compromisso e solidariedade, conforme ensina o Apóstolo Tiago “De que adianta alguém dizer que tem fé quando não a põe em prática? A fé, se não se traduz em obras, por si só está morta” (Tg 2,14a;17). Sobretudo, nas últimas décadas, as Campanhas da Fraternidade apresentam temas da maior atualidade social e relevância, provocando o debate e apresentando ideias que possam conscientizar e beneficiar a sociedade diante de questões emergentes que exigem mudança de postura. O Objetivo Geral da CF 2015 é “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre Igreja e a sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”.
Segundo o texto-base da CF-2015 a urbanização da sociedade brasileira foi muito rápida. Em 1940, a população urbana era restrita a 31%; em 1960, a 45%, e hoje está em torno de 85%. Cerca de 44% dos brasileiros vivem em regiões metropolitanas. Esta rápida urbanização caracterizou-se pela falta de planejamento e resultou em sérios problemas como: favelização, poluição, violência, drogadição, enchentes, mobilidade e precárias condições sanitárias. As pessoas concentradas nas periferias tendem a ser mais afetadas com essas situações. A rápida urbanização da sociedade brasileira, com inchaço das cidades e surgimento de grandes regiões metropolitanas, não foi acompanhada de adequadas políticas de moradias. A favelização retrata desigualdades socioespaciais. Mais de 50% dos domicílios do Brasil não tem coleta de esgoto e, do coletado, menos de 40% recebem algum tratamento. (TB 43 a 45). É diante de preocupantes dados estatísticos como esses que a Igreja procura exercer sua missão profética. Buscando viver a partir do Evangelho, os cristãos propõem um modo de conviver, que não exclua ninguém. As comunidades católicas deverão ser sempre ativas quando se trata da prática da justiça, da participação política, inclusive partidária, (através dos leigos e leigas); da convivência, do cuidado, da solidariedade, da caridade, da autonomia, do acolhimento. As comunidades católicas profundamente ativas na sociedade não se deixarão tomar pela “globalização da indiferença”. Saberão chorar com os que choram e rir com aqueles que riem, conforme nos ensina o Evangelho.
Concluo, lembrando o papel da família como primeira escola das virtudes sociais. “A família é a primeira escola dos valores sociais de que a sociedade tem necessidade. O direito-dever educativo dos pais é essencial, ligado como está à transmissão da vida humana. O dever de educar é original e primário dos pais, pela relação de amor que subsiste entre pais e filhos e não delegável totalmente a outros ou por outros usurpável” (TB 179). Por essa razão, é também dever da sociedade, através de seus representantes legais, garantir o direito das famílias reconhecendo-as como “células primárias da sociedade”. Assim deve-se assegurar a sustentabilidade e proteção legal da família. O papa Francisco afirmou recentemente que a família, fundada no matrimônio entre o homem e a mulher, é um “centro de amor”. Nela deve reinar a lei do respeito e da comunhão, que deve ser fortalecido a fim de que seja capaz de resistir ao ímpeto da manipulação e da dominação da parte dos “centro de poderes mundanos” É no coração da família, diz o papa, que a pessoa se integra com naturalidade e harmonia a um grupo humano superando a falsa oposição entre o indivíduo e sociedade (TB 187).
Desejo a todos um feliz tempo quaresmal e que esse período motivador para a conversão nos prepare para celebrar com amor e dignidade a Páscoa de Jesus e nossa, fazendo amadurecer e crescer, sempre mais, o diálogo e a verdadeira fraternidade entre Igreja e sociedade.
Amém.

                                    Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife

# Clero arquidiocesano reflete sobre o dom e a alegria do Ministério Sacerdotal durante retiro

24 Feb 2015 | Categoria: Notícias
Deixe seu comentário

11003986_1066367683389410_479988900_n
Um mergulho no dom do Ministério Sacerdotal. Assim tem sido o Retiro Anual do Clero da Arquidiocese de Olinda e Recife realizado no Convento dos Frades Franciscanos, em Lagoa Seca (PB), próximo à cidade de Campina Grande. Diáconos e padres participam de momentos de oração, espiritualidade e adoração ao Santíssimo Sacramento.
Os exercícios espirituais estão sendo conduzidos pelo o arcebispo da Arquidiocese de Mariana (MG) e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha. As reflexões são feitas a partir da Palavra de Deus, dos documentos da Igreja, especialmente, os produzidos durante o Concílio Vaticano II, além dos ensinamentos dos papas Francisco, Bento XVI e beato João Paulo II, que, segundo o arcebispo, “enriqueceram a Igreja com seus magistérios”.
10815679_1066367636722748_314682974_nDom Geraldo ressaltou a alegria em poder conduzir as meditações sobre a missão dos sacerdotes. “Temos tido momentos muito bonitos de espiritualidade e recolhimento com a presença numerosa dos padres e diáconos. O clima é de muito acolhimento e está havendo abertura por parte dos participantes. Estão sendo momentos de graça porque sei da importância da Arquidiocese de Olinda e Recife para a Igreja do Brasil, além da sua contribuição e rica história”, revelou.
Há alguns anos o retiro arquidiocesano tem sido realizado na primeira semana da Quaresma. Cerca de 160 membros do clero estão participando do encontro. O arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, e o bispo auxiliar, Dom Antônio Tourinho, também estão em retiro. “O retiro é uma feliz oportunidade que temos para nos exercitar na intimidade com Jesus por meio da oração e interiorização”, afirmou dom Fernando.
O retiro prossegue até a próxima sexta-feira, 27, quando todos retorna11015417_1066373636722148_1820301566_nm à Arquidiocese de Olinda e Recife e retomam suas atividades.
Seminaristas – Dom Geraldo Lyrio Rocha terá um encontro na próxima sexta-feira, 27, com os seminaristas da Arquidiocese de Olinda e Recife e das dioceses de Nazaré da Mata, Afogados da Ingazeira, Palmares e Petrolina, que são alunos da Universidade Católica de Pernambuco. O arcebispo preside Missa às 8h, na Igreja Nossa Senhora da Graça, no Seminário de Olinda. A palestra terá início às 9h. “É uma grande alegria para mim poder encontrar com os seminaristas e conversar um pouco sobre a Sagrada Liturgia”, disse dom Geraldo.
Fotos: Padre Josenildo Tavares
Da Assessoria de Comunicação AOR

# EVANGELHO DO DIA - COM COMENTÁRIO

Quando orardes... - Mt 6, 7-15

Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno. De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós
não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas.

Comentário: Rev. D. Joaquim FAINÉ i Miralpech (Tarragona, Espanha)
E, orando, não useis de vãs repetições, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário
Hoje, Jesus –que é o Filho de Deus- me ensina a me comportar como um filho de Deus. O primeiro ponto é a confiança quando falo com Ele. Mas o Senhor adverte: «Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras» (Mt 6,7). Porque os filhos, quando falam com os pais, não usam raciocínios complicados, nem muitas palavras, mas com simplicidade pedem tudo aquilo que precisam. Sempre tenho a confiança de ser ouvido porque Deus –que é Pai- me ama e escuta. De fato, orar não é informar a Deus, mas pedir-lhe tudo o que preciso, já que «vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes» (Mt 6,8). Não seria um bom cristão se não oro, como não pode ser bom filho quem não fala habitualmente com seus pais.

O Pai Nosso é a oração que Jesus mesmo nos ensinou, e é um resumo da vida cristã. Cada vez que rezo ao Pai, nosso, deixo-me levar de sua mão e lhe peço aquilo que preciso cada dia para ser melhor filho de Deus. Preciso, não somente o pão material, mas —sobretudo— o Pão do Céu. «Peçamos que nunca nos falte o Pão da Eucaristia» Também aprender a perdoar e a ser perdoados: «Para poder receber o perdão que Deus nos oferece, dirijamo-nos ao Pai que nos ama», dizem as formulas introdutórias ao Pai Nosso da Missa.

Durante a Quaresma, a Igreja me pede para aprofundar na oração. «A oração é conversar com Deus, é o bem maior, porque constitui (...) uma união como Ele» (São João Crisóstomo). Senhor, preciso aprender a rezar e obter conseqüências concretas na minha vida. Sobretudo, para viver a virtude da caridade: a oração me da força para viver cada dia melhor. Por isso, peço diariamente que me ajude a desculpar tanto as pequenas chatices dos outros, como perdoar as palavras e atitudes ofensivas e, sobretudo, a não ter rancores, e assim poder dizer-lhe sinceramente que perdôo de todo coração a quem me tem ofendido. Conseguirei, porque em todo momento me ajudará a Mãe de Deus.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

# CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015

Tema:“Fraternidade: Igreja e Sociedade” 
Lema: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45)



Igreja e Sociedade - CF 2015
Ojetivos Desta Campanha da Fraternidade: - Objetivo Geral da CF - 2015 CNBB

01 - Aprofundar, à luz do Evangelho, o Diálogo eA Colaboração Entre a Igreja eA Sociedade, propostos cabelo Concílio Ecuménico Vaticano II, Como Serviço Ao povo brasileiro, par a edificação fazer Reino de Deus.
- Objetivos Específicos da CF - 2015 CNBB

01 - Fazer Memória do Caminho percorrido Pela Igreja com a Sociedade, identificar e compreender OS principais Desafios da Situação Atual. 

02 - Apresentar OS Valores Espirituais do Reino de Deus e da Doutrina social da Igreja, Como Elementos humanizastes autenticamente.
03 - Identificar Como Questões desafiadoras na Evangelização da Sociedade e estabelecer Parâmetros e Indicadores Para a Ação pastoral.
04 - Aprofundar a compreensão da Dignidade da Pessoa, da Integridade da Criação, da cultura da paz, do Espírito e não Diálogo inter-religioso e intercultural, parágrafo Superar como Relações desumanas e violentas. 
05 - Buscar Novos methods, atitudes e Linguagens nd Missão da Igreja de Cristo de Levar a Boa Nova a Cada Pessoa, Família e Sociedade. 
06 - Atuar profeticamente, à luz da evangélica Opção preferencial Pelos Pobres, par o Desenvolvimento da Pessoa integrante e na Construção de Uma Sociedade Justa e Solidária.




Fonte: http://portalkairos.net/campanhadafraternidade/default2015.asp#ixzz3S6pUbs9w 

# TEMPO QUARESMAL

Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

Data dos tempos apostólicos a Quaresma como sinônimo de jejum observado por devoção individual na Sexta-feira e Sábado Santos, e logo estendido a toda a Semana Santa. Na segunda metade do século II, a exemplo de outras igrejas, Roma introduziu a observância quaresmal em preparação para a Páscoa, limitando porém o jejum a três semanas somente: a primeira e quarta da atual Quaresma e a Semana Santa.

A verdadeira Quaresma com os quarenta dias de jejum e abstinência de carne, data do início do século IV, e acredita-se que, para essa instituição, tenham influído o catecumenato e a disciplina da penitência pública.

O jejum consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e quatro horas; foi-se por isso introduzindo o uso de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia.

A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais.

No Brasil são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa. Por determinação do episcopado brasileiro, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, exceto a Sexta-feira Santa) fica a abstinência comutada em outras formas de penitência.

Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc, vale o sacrifício de abster-se destes itens nesses dias. A obrigação de se abster de carne começa aos 15 anos. A obrigação de jejuar, limitando-se a uma refeição principal e a duas mais ligeiras no decurso do dia, vai dos 21 aos 59 anos. Quem está doente (isto também vale para as mulheres grávidas) não está obrigado a jejuar.

“Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma São Paulo. A penitência é uma virtude sobrenatural intimamente ligada à virtude da justiça, que “dá a cada um o que lhe pertence”: de fato, a penitência tende a reparar os pecados, que são ultrajes a Deus, e por isso dívidas contraídas com a justiça divina, que requer a devida reparação e resgate. Portanto, a penitência inclina o pecador a detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evitá-lo no futuro.

A obrigatoriedade da penitência nasce de quatro motivos principais, a saber:

 - Do dever de justiça para com Deus, a quem devemos honra e glória, o que lhe negamos com o nosso pecado;

- da nossa incorporação com Cristo, o qual, inocente, expiou os nossos pecados; nós, culpados, devemos associar-nos a ele, no Sacrifício da Cruz, com generosidade e verdadeiro espírito de reparação.

- Do dever de caridade para com nós mesmos, que precisamos descontar as penas merecidas com os nossos pecados e que devemos, com o sacrifício, esforçar-nos por dirigir para o bem as nossas inclinações, que tentam arrastar-nos para o mal;

- do dever de caridade para com o nosso próximo, que sofreu o mau exemplo de nossos pecados, os quais, além disso, lhe impediram de receber, em maior escala, os benefícios espirituais da Comunhão dos Santos.

Vê-se daí quão útil para o pecador aproveitar o tempo da Quaresma para multiplicar suas boas obras, e assim dispor-se para a conversão.

Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual, que marque na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado.

A Quaresma tem por escopo primordial incitar-nos à oração, à instrução religiosa, ao sacrifício e à caridade fraterna. Recomenda-se por isso a freqüência às pregações quaresmais, a leitura espiritual diária, particularmente da Paixão de Cristo, no Evangelho ou em outro livro de meditação.

O jejum e abstinência de carne se fazem para que nos lembremos de mortificar os nossos sentidos, orientando-os particularmente ao sincero arrependimento e emenda de nossos pecados.

A caridade fraterna — base do Cristianismo — inclui a esmola e todas as obras de misericórdia espirituais e corporais.
Quais são as Obras de Misericórdia?
Corporais
Espirituais
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus
4. Dar pousada aos peregrinos
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.

Fonte: Missal Romano

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

# Há pecados que só o bispo ou o Papa podem perdoar?

Para sanar esta dúvida transcrevemos uma formação do Padre Paulo Ricardo que nos ajudará a entender mais sobre esta questão!
Segue abaixo!
Não é que não existem pecados que só o Papa pode perdoar. É que existem pecados que, além de serem pecados, são crimes canônicos. Nem todo pecado é crime.
O pecado de comungar em pecado é um pecado grave, pois a pessoa está em estado de pecado e vai comungar, mas isso não é um crime, pois não está legislado no Código de Direito Canônico (CDC) enquanto crime.
É necessário que se faça algumas distinções.
 O CDC tem uma parte do direito penal que fala daqueles pecados que, além de serem pecados, são crimes.
Precisamos compreender que a Igreja é uma sociedade espiritual e está em comunhão com Deus, então é necessário manter a ordem e guardar o que é mais sagrado para nós.
Existem alguns pecados em que estão anexas alguma pena, como a excomunhão automática.
Quando se comete um pecado grave/mortal, não se pode comungar, mas há outros pecados que além de não poder comungar porque está em pecado grave, se perde também outros direitos na Igreja.
Por exemplo: não se pode fazer leituras na missa; não receber nenhum dos sacramentos; não exercer suas funções (se tiver cargos) e etc.
A excomunhão é muito mais do que simplesmente deixar de comungar, há uma série de outras consequências.

Aqui vamos listar alguns pecados que geram excomunhão automáticas e que só os bispos podem perdoar:

ABORTO
Alguém que mata uma pessoa está em pecado mortal, então não pode comungar, porém, não se foi excomungado porque a Igreja vê que o assassinato já é um crime contemplado pelo código de direito civil, então, não há porque a Igreja colocar no seu código penal algo especial com relação ao assassinato. Quem comete o assassinato já será punido, pois, além de ser pecado, é crime, mas é crime no direito civil.
Outro exemplo é de uma pessoa que mata uma criança (infanticídio). Suponha-se que a criança acabou de nascer e alguém a matou. A pessoa não será excomungada, porque o direito civil já coloca este tipo de pessoa na cadeia. Sendo assim, não há porque a Igreja acrescentar penas naquilo que o direito civil já faz.
A Igreja tem o direito penal especialmente para colocar penas criminais em crimes que ela acha que deveriam ser punidos com gravidade e que, de uma forma geral, o direito civil pode não punir.
O aborto no brasil é crime, mas existem muitos países em que o aborto não é crime. Sendo assim, a Igreja, para mostrar isso com toda a clareza, criminalizou o aborto também no código de direito canônico.
Então, o infanticídio é pecado e o aborto também. São gravíssimos! Um já é crime no direito civil, o outro, porém, as vezes é e as vezes não. Então, para garantir a criminalização do aborto, a Igreja põe a excomunhão (automática) como pena para o aborto.
Quem pode perdoar este pecado é o bispo ou os padres a quem o bispo der essa faculdade.

APOSTASIA, HERESIA E CISMA
Quando alguém vai para outra igreja, cismática, ou quando apostata sua fé ou quando se acredita em uma heresia e a proclama, prega, a pessoa é excomungada.
Este também só bispo (ou os padres a quem o bispo der essa faculdade) pode(m) perdoar.

Agora citaremos alguns pecados que somente o Papa pode perdoar:

Cânon 1364 §1 – Profanação do Ss. Sacramento: Se uma pessoa rouba a Hóstia e leva para um terreiro de macumba ela está, automaticamente, excomungada. E como a Hóstia Sagrada, o Corpo precioso de N. S. J. Cristo é o maior valor que a Igreja tem, a pessoa é punida com a excomunhão. Esta excomunhão é reservada à Santa Sé.
Se uma pessoa cometeu esse crime, quando ela vai ao confessor, ele não pode absorver esses pecados. Ele pode absolver sob condição temporária, enquanto ele escreve para um tribunal em Roma, chamado “Penitenciária Apostólica” (sem dizer o nome da pessoa, porque é segredo de confissão).
O padre escreverá à Penitenciária Apostólica, por exemplo, dizendo: “recebi a confissão de uma pessoa que alegra ter profanado o Ss. Sacramento de tal e tal forma”.
De Roma vem a permissão do tribunal. A resposta é sigilosa para o padre. Então, o padre chama o penitente e dá a absolvição final, com a permissão da Santa Sé.

Cânon 1370 §1 – Violência física contra o Romano Pontífice: Se Mehmet Ali Ağca fosse cristão católico, ele seria excomungado. Ele era muçulmano quando atirou em (São) João Paulo II. O fato de agredir fisicamente o Santo Padre é um crime canônico (além de ser pecado, é um crime).

Cânon 1378 – Absolvição de cúmplice de pecado grave contra o 6º mandamento do decálogo: Isso acontece quando um padre pecou sexualmente com uma pessoa e depois essa mesma pessoa vai se confessar com o próprio padre daquele pecado que os dois cometeram juntos. Se o padre der a absolvição, a absolvição é nula (não vale). A pessoa tem que se confessar com outro padre. Já o padre que fez isso é excomungado. A absolvição é reservada a Santa Sé para zelar pela sacralidade do sacramento da confissão. A Igreja considera algo muito baixo o sacerdote cometer este tipo de pecado e depois absolver o cúmplice.

Cânon 1382 – Consagração episcopal sem mandato pontifício: Ocorre quando um bispo, sem ordem do Papa, ordena um bispo. Como exemplo pode-se citar Dom Marcel Lefebvre, Dom Antônio de Castro Maia e os bispos que eles consagraram sem mandato pontifício. Eles foram excomungados automaticamente, porém, o Papa (Emérito) Bento XVI retirou deles a pena de excomunhão. Eles ainda estão em estado irregular para exercício dos seus ministérios, mas não estão mais excomungados.

Cânon 1388 – Violação do sigilo sacramental: Acontece com um padre que conta os pecados que ele ouviu na confissão. Se o padre conta o pecado e o pecador, ele está excomungado automaticamente. Já no caso em que o padre conta somente o pecado da pessoa (como, por exemplo, quando um padre que diz que ouviu uma confissão de uma pessoa, mas que ninguém sabe quem é, e conta somente o pecado), ele não está excomungado. Ele revelou o pecado, mas não o segredo. A quebra do segredo acontece quando é revelado o pecado e o pecador, direta ou indiretamente.

Transcrição e edição por: Rafael Fernandes Martins

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

# História de Nossa Senhora de Lourdes

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE LOURDES
Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala, e nós falamos com ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajudem a conservar-nos sempre unidos a Deus. Amém.
Nossa Senhora da gruta de Lourdes, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedir a graça).
Comemoração em 11 de Fevereiro
Todos conhecem a maravilhosa história da jovem Bernadete Soubirous, que, aos quatorze anos, indo catar lenha junto às margens do Gave, teve a suprema ventura de contemplar a Santíssima Virgem.
Era Bernadete filha de um pobre moleiro da aldeia de Lourdes, nos altos Pirineus, sul da França, e saíra acompanhada de sua irmã e outra menina. Passava defronte às rochas de Massabielle, quando ouviu de repente um barulho como se fosse a rajada de um vento forte. Olhando para cima, viu na reentrância do rochedo uma senhora de grande beleza, circundada por deslumbrante resplendor.
A visão estava de pé, trajando um vestido e um véu brancos como a neve. Tinha na cintura uma faixa azul, os pés estavam ornados de rosas e segurava um rosário, cujas contas ia passando entre os dedos.
A pequena camponesa, extasiada, caiu de joelhos, tirou o terço do bolso e começou a rezá-lo. Quando acabou a última Ave-Maria, a bela Senhora desapareceu. Esta primeira aparição deu-se a 11 de fevereiro de 1858 e foi seguida por mais dezessete. Da terceira em diante era cada vez maior o número de pessoas que iam contemplar o êxtase da humilde Bernadete, que se transformava, parecendo mais um anjo do céu.
Durante as várias aparições, a mãe de Deus confiou muitos segredos à modesta jovem e numa delas ordenou-lhe que dissesse aos sacerdotes para construírem uma capela naquele local e ali realizassem procissões. Em outra ocasião mandou a menina beber água e se lavar na fonte, mas indicava num lugar da gruta completamente seco. Bernadete curvando-se começou a arranhar o chão duro com os dedos e, de súbito, jorrou água do rochedo.
Finalmente, no dia da Anunciação a piedosa vidente pediu à Senhora que tivesse a bondade de dizer-lhe quem era. A virgem, então, unindo as mãos, respondeu-lhe lançando ao céu um olhar de inefável doçura: - "Eu sou a Imaculada Conceição". E desapareceu.
Bernadete muito sofreu por causa das aparições da Mãe Santíssima, pois foi considerada impostora, injuriada e interrogada pela polícia, que pretendeu impedir os romeiros de se aproximarem da gruta, tornando-se malvista pelas autoridades civis e até mesmo religiosas.
Afinal, as curas milagrosas obtidas com a água da fonte nascida sobre os dedos da santa menina obrigaram as autoridades a ceder, e, a 11 de janeiro de 1862 o bispo de Tarbes autorizou o culto de Nossa Senhora de Lourdes.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

# SANTA DO DIA: Santa Águeda (Ágata)

Santa Águeda (Ágata)
230-251

05 de Fevereiro - Santa Águeda (Ágata)

Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.

Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã. 

As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão. 

Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram a outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa. 

Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu, enquanto rezava pedindo a Deus para parar a erupção do vulcão Etna, que iniciara bem na hora do seu martírio. Assim que ela expirou o vulcão se aquietou e as lavas cessaram. Até hoje o povo costuma pedir a sua intercessão para protegê-lo contra a lava do vulcão Etna, sempre que este começa a ameaçá-los. Santa Águeda é invocada contra os perigos do incêndio.

O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.