domingo, 7 de julho de 2013

MENSAGEM DO DIA: PE. ZEZINHO, SCJ



07/07 Egocêntricos - Pe. Zezinho, scj

Já foi esquecida, mas notícia de 12 de julho p.passado nos dava conta de que 48 alunos bolsistas no exterior deviam R$ 19,6 milhões ao Brasil e que o rombo de todos os bolsistas que recentemente foram estudar fora do Brasil ascendia a mais de R$100 milhões. Não devolveram os gastos. 

O que fizeram? Não tendo recursos para estudar, pediram bolsa ao Estado brasileiro e foram aperfeiçoar-se lá fora. Usaram do dinheiro da sua pátria e ficaram por lá. Acontece com inúmeros países do mundo e com inúmeras instituições, mas isso não torna o seu ato mais honroso. Pobres, tiveram chance de subir na vida; um país, uma instituição, uma igreja, uma ordem religiosa pagou seus estudos na esperança de que, uma vez formados, ficassem a serviço de quem os formou. Aliás, assinaram, mas não cumpriram. Jogadores de futebol também fazem isso, mas os clubes, ao menos, vendem seus passes e ganham alguma coisa. Estado, igrejas e ordens nem sempre são ressarcidos quando a pessoa que ajudaram vai embora desfrutar do seu dinheiro e da sua formação em outras paragens. O rombo é enorme, mas fica tudo por isso mesmo. 

Justiça e gratidão são duas virtudes essenciais a revelar o caráter de uma pessoa. Fidelidade é outra. Pecar todos pecamos e errar, todos erramos, mas, se uma pessoa se revelar agradecida e retribuir o benefício recebido merece respeito. Tem o essencial para viver sua cidadania e sua fé.

Soube recentemente de um pregador, por cuja formação uma diocese gastou razoável soma de dinheiro. Ao voltar, por razões de grave enfermidade em família, ele pediu transferência. Nada mais justo! Pai é pai! A autoridade local que o aceitou achou justo que a comunidade que o formara fosse ressarcida. Pagou sem hesitar o que fora gasto com o pregador em três anos de curso especial na Europa. Foi justa. Mas deixou claro que esperava que o mesmo ressarcisse com trabalho intenso o que a comunidade gastara em seu favor. Ele aceitou e assinou contrato. Tinha a melhor das intenções. 

Aqueles estudantes bolsistas, porém, assinaram, mas não cumpriram. Desfrutaram do dinheiro do seu povo e não devolveram um centavo sequer. Um ou outro deles talvez o faça, um dia, mas a cidadania ou a gratidão exigiria que devolvessem o que devem ao povo brasileiro. Farão isso?

Pessoas agradecidas e justas merecem crédito quando falam. Pessoas que cumprem a palavra dada revelam altos valores, mesmo que sua conta no banco seja exígua. Mas certamente há outros valores que contam mais num ser humano.

Se você tem filhos, eduque-os para que sejam agradecidos, justos, honestos e pessoas que cumprem suas promessas, ou, sabendo-se incapazes de cumprir, não assinam e não prometem. É um valor que se perdeu na era do crasso individualismo que se tornou a nossa. 

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