terça-feira, 30 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 30/07

A vida é uma tensão entre joio-trigo - Mt 13,36-43

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” Ele respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos. Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. PALAVRA DA SALVAÇÃO.

domingo, 21 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 21/07


Jesus visita Maria e Marta - Lc 10,38-42

Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda, pois, que ela venha me ajudar!” O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”. Palavra da Salvação.

Jovens de PE e estrangeiros renovam a fé antes de embarcar para a JMJ

Semana Missionária do Recife chegou ao fim neste sábado (20).
Missa foi celebrada em português, alemão e francês, na Igreja da Sé.

Jovens católicos brasileiros e estrangeiros participaram de missa na Igreja da Sé, em Olinda. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Jovens católicos brasileiros e estrangeiros renovaram seus votos de fé neste sábado (20), durante o encerramento da Semana Missionária da Arquidiocese de Olinda e Recife(AOR). A Igreja da Sé, em Olinda, ficou repleta de fiéis que acompanharam a missa celebrada pelo arcebispo dom Fernando Saburido, acompanhado dos padres das paróquias da arquidiocese e também dos convidados estrangeiros, vindos da França e Alemanha.
Aproximadamente 200 jovens estrangeiros participaram da Semana Missionária da AOR e depois seguem para o Rio de Janeiro, para a Jornada Mundial de Pernambuco. Somente de ônibus, devem ir 400 jovens do estado para o encontro mundial, na segunda-feira (22), além de outras centenas que seguem de avião.
Dom Fernando Saburido lembrou a importância do trabalho missionário, (Foto: Katherine Coutinho/G1)Dom Fernando Saburido lembrou a importância do
trabalho missionário (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Durante a missa, dom Fernando lembrou da importância do trabalho missionário, fomentado pela Jornada. “Temos aqui pessoas de várias línguas, mas todos vivendo o grande mandamento do amor. Nós precisamos de missionários, que sejam pessoas também de oração e ação. Atualmente, são poucos aqueles que conseguem escutar o próximo. É preciso aprender a silenciar, não temer o silêncio”, afirmou o arcebispo.
A semana preparou os jovens para embarcarem para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, e também propiciou aos que não podem viajar um pouco da vivência missionária proposta pela jornada. “É muito importante para nós católicos, jovens, conviver com as pessoas de outros países e ajudar a comunidade com elas. Eu queria muito poder ir ao Rio, mas não vai dar. Pelo menos tive esse tempo aqui”, conta o estudante Andrei Nascimento, voluntário de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
A estudante alemã Katharina Steinbacher, de 24 anos, explica que mais do que conhecer outra cultura, foi interessante perceber como os brasileiros lidam com a fé católica. “Na Alemanha, nós chegamos na igreja e ficamos lá sentados, aqui há cantos e palmas. Outra coisa é o terço, que para nós é algo utilizado apenas pelos mais velhos, mas aqui no Brasil aprendemos com jovens a rezá-lo, isso é muito interessante, é fantástico”, acredita Katarina.
Katharina e Marc [ambos à esquerda] se encantaram pela forma como brasileiros lidam com a fé. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Katharina e Marc [ambos à esquerda] se encantaram pela forma como brasileiros lidam com a fé
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Tendo passado a semana na casa de uma família em Igarassu, o estudante alemão Marc Lennart, de 20 anos, ressalta a importância de poder interagir com a comunidade durante a Semana Missionária. “Quando você vem como turista, você apenas vê de fora, mas assim você pode ver por dentro como é realmente o país. As pessoas da América do Sul recebem muito bem a gente, está sendo uma experiência maravilhosa”, afirma Lennart.
O seminarista salesiano Fabio Luciano, de 34 anos, lembra que esse é um momento especial para a juventude como um todo. “É uma experiência única, se fosse em outro país, talvez muitos de nós não pudéssemos ir. Para nós salesianos se torna ainda mais importante devido à nossa missão com a juventude”, explica Luciano.
Tendo conciliado o mestrado e o trabalho como voluntária durante a Semana Missionária, a bióloga Amanda Lacerda, de 27 anos, não vê a hora de seguir para o Rio de Janeiro. “É uma questão de missão mesmo, não vamos para ‘turistar’. Vamos como discípulos e voltamos para formar discípulos, não nossos, mas da palavra de Jesus”, lembra Amanda. A estudante Maria Mariana da Silva, de 18 anos, resolveu seguir para a JMJ apenas na quinta-feira (18), após participar da Semana Missionária. “Eu quando comecei a conversar com os peregrinos, senti aquele chamado, sabe? Ainda tinha algumas dúvidas, foi quando falei com a minha avó e ela perguntou se eu ia deixar passar essa oportunidade”, conta a estudante.

Para o estudante Fabiano Bernardino, de 24 anos, as horas até o embarque na terça-feira (23) são de ansiedade. "Eu estou muito animado, esse é um movimento que envolve toda a juventude e nos liga com a fé católica de forma diferente, renova", acredita Fabiano.
Igreja da Sé estava repleta de fiéis, que assistiam a missa até mesmo da porta da catedral. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Igreja da Sé estava repleta de fiéis, que assistiam a missa até mesmo da porta da catedral
(Foto: Katherine Coutinho/G1)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 19/07


Jesus e o sábado - Mt 12,1-8

Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!” Jesus respondeu: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado”. PALAVRA DA SALVAÇÃO.

MENSAGEM DO DIA

19/07 Poema do amigo aprendiz



Quero ser o teu amigo, a tua amiga.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder. 

Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida da maneira 
mais discreta que eu souber. 

Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar, e sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente nem presente por demais, simplesmente, calmamente, ser-te paz...

É bonito ser amigo, ser amiga.
Mas, confesso, é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças!
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias!


Padre Zezinho, scj

SANTO DO DIA

19 de Julho - São Serafim de Sarov

Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.

Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.

Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.

Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.

Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".

Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ANO C - DIA 17/07


Louvor aos pequeninos - Mt 11,25-27

Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Palavra da Salvação.

MENSAGEM DO DIA: PE. ZEZINHO, SCJ

17/07 Pregação triunfalista - Pe Zezinho scj


No dia em que o Brasil, em Rosário, venceu a Argentina por 3X1, pouco antes da meia noite, o fundador de uma conhecida igreja pentecostal, feliz com a vitória, afirmou que Jesus dera a eles o domínio e que um dos seus membros era o maior jogador do mundo. Entusiasmo de momento, hipérbole e afirmação triunfalista! Os católicos já fizeram o mesmo em tempos de menos ecumenismo e respeito pelas outras igrejas. Alguns ainda o fazem. Foi Jesus quem disse que quem se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado. (Lc 14,11)

Se o pregador tivesse pensado, se lembraria que seu famoso jogador já não era mais o número um do mundo, posto que fora suplantado pelo colega de equipe que, por coincidência, era católico. Se tivesse pensado mais, admitiria que o mundo já teve mais de 50 jogadores declarados primeiros, que eram de outras religiões, a grande maioria católicos. Dos técnicos de futebol vitoriosos, a maioria era de católicos. Então, como Deus dera eles o domínio no esporte? Também em outras coisas, onde está o domínio daquela igreja?

Tenho o hábito de advertir os pregadores católicos para que não exagerem ao descrever seus movimentos, seu grupo de fé ou nossa Igreja. Em muitas coisas somos ótimos. Noutras, somos sofríveis e, noutras, pecadores. Assim, com as outras igrejas. Tomemos cuidado com as expressões domínio, poder, tomar posse. Talvez ajude o marketing daquele grupo, mas nem sempre é afirmação verdadeira. 

É sempre um risco alguém afirmar que algo na sua igreja começou com o seu grupo. A história costuma desmentir quem vê as coisas com o nariz excessivamente perto da sua agremiação. Não lemos direito um livro quando enfiamos o nariz nele. Nem se lê direito a história, quando achamos que tudo começou conosco. Antes de nós veio gente boa, em muitos casos, bem mais preparada do que nós. Não custa nada admitir que aprendemos algo de alguém e que este alguém, homem ou mulher, profetizou antes de nós....

SANTO DO DIA

17 de Julho - Santa Maria Madalena Postel

No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho aquele rico proprietário.

Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.

De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.

A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara.

A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos, escolheu o nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade. Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras.

Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação. Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo cristão.

Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925. Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia 17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena Postel.

domingo, 14 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 14/07


Jesus ensina a amar - Lc 10,25-37

Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou: “Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês?” Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a ti mesmo!” Jesus lhe disse: “Respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” Jesus retomou: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava passando por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou dois denários e entregou-os ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, pagarei o que tiveres gasto a mais’. Na tua opinião – perguntou Jesus –, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”. Palavra da Salvação.

MENSAGEM DO DIA

14/07 Mudar de religião - Pe. Zezinho, scj

O filho de um amigo meu, levado por sua devoção a esposa, mudou de religião. Incidentemente os dois têm nome de santo católico! Numa conversa informal que um dia tivemos, ele disse que estava mais feliz agora, mas que admirava o fato de eu também ser feliz, felicidade que atribuo a minha Igreja e que ele agora atribui a Igreja da qual faz parte. Conversa vai, conversa vem... eu lhe disse: 

-"Sua mãe, que já morreu, agora tem certeza sobre Deus e sobre ela mesma. Creio que ela está no céu pertinho de Deus, no colo dele. Quando eu morrer, terei certezas muito maiores do que tenho hoje, porque estarei, espero eu, no colo de Deus. Quando você morrer também descobrirá quem esteve mais certo neste mundo: sua mãe, eu, você, sua esposa, o povo da nova religião que você adotou ou os da religião da qual você saiu para não ter conflitos com a esposa. Agora, só podemos ter fé e viver desta fé. Você resolveu vivê-la numa outra Igreja e eu continuo vivendo na minha que, para mim, é mais do que mãe e é mais do que suficiente". 

A conversa mudou para outros temas e nos despedimos civilizadamente com chá vermelho e torrada. Quando se é civilizado, é bem assim que se faz. Lá no céu saberemos quem esteve certo. Aqui vivemos de procuras. Quem acha que achou, continue! Quem acha que não achou, continue também! Em algum lugar haverá verdade suficiente para a gente ser feliz, sempre na caridade, porque sem esta, nenhuma verdade vale a pena.


SANTO DO DIA

14 de Julho - São Camilo de Léllis

Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália. 

Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.

Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.

Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.

O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.

Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.

Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.

Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.

Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.

Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 12/07


Perseguições e sofrimento - Mt 10,16-23

“Vede, eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Cuidado com as pessoas, pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Por minha causa, sereis levados diante de governadores e reis, de modo que dareis testemunho diante deles e diante dos pagãos. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar, pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem.” Palavra da Salvação.

SANTO DO DIA

12 de Julho - São João Gualberto

João Gualberto, segundo filho dos Visdonini, nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, Gualberto e dona Villa, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai os fez perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.
Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto saía armado e com seus homens à procura do inimigo. Na Sexta-Feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.
Contam os biógrafos que, ouvido seu pedido em nome do Senhor, João Gualberto jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante, foi à igreja de São Miniato, onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato. E foi ali que João Gualberto ouviu o chamado: "Vem e segue-me". Depois desse prodígio, ocorrido na presença de muitos fiéis, uma grande paz invadiu sua alma e ele abandonou tudo para ingressar no mosteiro beneditino da cidade.
Nos anos seguintes, João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Só então aprendeu a ler e a escrever, pois para um nobre de sua época o mais importante era saber manusear bem a espada. Adquiriu o dom da profecia e dos milagres, sendo muito considerado por todos. Em 1035, com a morte do abade, ele foi eleito por unanimidade o sucessor, mas renunciou de imediato quando soube que o monge tesoureiro havia subornado o bispo de Florença para escolhê-lo como o novo abade. 
Indignado, passou a denunciá-los e combate-los, auxiliado por alguns monges. Mas as ameaças eram tantas que decidiu sair do mosteiro.
João Gualberto foi para a floresta dos montes Apeninos, numa pequena casa rústica encontrada na montanha Vallombrosa, sobre o verde Vale do Arno, seguido por alguns monges. O local começou a receber inúmeros jovens em busca de orientação espiritual, graças à fama de sua santidade. Foi assim que surgiu um novo mosteiro e uma nova congregação religiosa, para a qual João Gualberto quis manter as Regras dos monges beneditinos.
No início, o papa aceitou com reserva a nova comunidade, mas depois a Ordem dos Monges Beneditinos de Vallombrosa obteve aprovação canônica. Dali os missionários, regidos pelas Regras da Ordem Beneditina reformada, se espalharam para evangelizar, primeiro em Florença, depois em várias outras cidades da Itália.
Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às Regras da Ordem, João Gualberto implantou no Vale de Vallombrosa um centro tão avançado e respeitado de estudos que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos. Todos oravam e trabalhavam a terra, replantando os bosques do Vale e plantando o alimento do mosteiro, por isso são considerados precursores da agricultura auto-sustentável.
Considerado herói do perdão, João Gualberto fundou outros mosteiros, inclusive o de Passignano, na Umbria, onde morreu no dia 12 de julho de 1073. Nos séculos seguintes, esses monges se especializaram em botânica, tanto assim que foram convidados para fundar a cátedra de botânica na célebre Universidade de Pavia. Enquanto isto, as de Pádua, de Roma e de Londres buscavam naqueles mosteiros os seus mais capacitados mestres no assunto. 

Canonizado em 1193, são João Gualberto foi declarado Padroeiro dos Florestais, pelo papa Pio XII, em 1951.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

VIAGEM AO SANTUÁRIO MÃE RAINHA, OURO PRETO - OLINDA

FotoATENÇÃO:
QUEREMOS INFORMAR A TODO O POVO DO MOVIMENTO MÃE RAINHA DA CAPELA SÃO JOSÉ E SÃO JOÃO BATISTA E A OUTROS INTERESSADOS A IREM PARA O SANTUÁRIO MÃE RAINHA EM OURO PRETO OLINDA, DIA 01 DE SETEMBRO (UM DOMINGO) ESTAREMOS COM UM ÔNIBUS DE INDA PARA LÁ, SE QUISEREM IR JÁ ESTAMOS PEGANDO OS NOMES E JÁ O DINHEIRO QUE CUSTARÁ R$ 5,00.
OBS: CRIANÇAS ATÉ 5 ANOS DE IDADE NÃO PAGAM MAIS SE PASSAR DESSA FACETÁRIA JÁ PAGAM, E LEMBRANDO QUE ESSA VIGEM É INDISPENSÁVEL PARA AS PESSOAS QUE PARTICIPAM NA CAPELA SÃO JOSÉ (VILA RICA), MAIS NÃO IMPEDE NINGUÉM DE IR. ESSA VIAGEM É TAMBÉM EM PROL DA CONSTRUÇÃO DA NOVA CAPELA SÃO JOÃO BATISTA (VERA CRUZ) AJUDE, VAMOS JUNTO NESSA...
MAIS INFORMAÇÕES LIGUEM: 9414 - 3921

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EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 11/07


A missão dos doze apóstolos - Mt 10,7-15

“No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade.” Palavra da Salvação.

MENSAGEM DO DIA: Pe. Zezinho, scj

11/07 Pessoas superficiais - Pe. Zezinho, scj

Havia um rapaz extremamente superficial, à maneira da musa "Eco". Esta, segundo a mitologia grega, foi condenada a repetir tudo o que ouvia, porque superficial que era, não tinha idéias próprias. O sujeito em questão acreditava ser bafejado pela sorte. Era lindo e irresistível. Cativava! Charmoso e bonito, não precisaria cavar fundo em nada. Contava com a sorte e a sua, assim pensava ele, irresistível beleza. Acharia ouro na superfície, petróleo na superfície, diamantes na superfície. Por isso, cavava um pouco. Se não achasse ouro em pouco tempo, ele ia embora. Se não achasse diamantes na primeira semana, largava tudo. Tinha sorte. Acharia em outro lugar! Perseverar não era com ele. Estudar e especializar-se, menos ainda! Se não chegasse ao petróleo na primeira perfuração ia embora fazer outros buracos.
Como seus buracos eram superficiais, nada encontrava. Um dia ficou tristíssimo, quando um amigo seu, aproveitando-se de um lugar abandonado por ele, cavou mais tempo, foi mais fundo e achou ouro. Começou a lamentar a própria sorte. -
-Eu estive lá e como é que eu não achei? E disse o amigo: -Porque você não é paciente e não profundo, eu sou paciente e sou profundo. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, encontraria o que buscava. Você apostou muito na sorte. Ignorou a virtude da perseverança.
Moral da estória: Pessoas superficiais desistem depressa demais. Deveriam buscar menos sorte e mais perseverança. Foi Jesus quem disse que quem perseverasse até o fim seria salvo ( Mt 24,13) Quem não descobriu o verbo perseverar, ainda não descobriu o verbo viver.


SANTO DO DIA

11 de Julho - São Bento de Nórcia

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.
Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.
Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.
Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro. 
Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.
As regras rígidas não poderiam ser mais simples: "Ora e trabalha". Acrescentando-se a esse lema "leia", pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".
A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.

Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de "Pai do Monaquismo Ocidental", que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados "beneditinos". Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 10/07


Os doze apóstolos - Mt 10,1-7

Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. Jesus enviou esses doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aos territórios dos pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”. Palavra da Salvação.

MENSAGEM DO DIA: Pe. Zezinho, SCJ

10/07 O profeta garantidor - Pe. Zezinho, scj

Tudo o que o pregador que se considerava profeta dizia terminava com: " Eu lhes garanto, em nome de Jesus! Eu lhes prometo, em nome de Jesus! Eu confio, em nome de Jesus! Eu estou dizendo, em nome de Jesus!" Parecia revestido de uma aura de incontestável certeza. Seu modo de falar era de absoluta convicção de que Jesus lhe falava e ele podia prever as coisas. 
Chegou, certa vez a dizer que a diferença entre a dona de casa que não tem Jesus e a da sua Igreja é que a outra, ao preparar a comida e ver que faltava óleo, farinha e arroz, chorava, telefonava ao marido e se desesperava, não sabendo o que fazer. A da sua igreja pegava a ultima gota de óleo, o restinho da farinha e de arroz, chamava Jesus e ele multiplicava aquele pouco. O milagre acontecia nas casas de alguém da sua igreja, porque, sendo fiel, Jesus não os deixava passar necessidade. 
Um dia um rapaz humilde de 22 anos, ousou perguntar ao profeta de onde ele tirava aquela certeza e o profeta disse:
- Deste livro, que me dá a autoridade que eu tenho, porque eu sigo! - Ao que disse o jovem:
- Meu pai também segue o mesmo livro e não fala como o senhor. Minha mãe o segue a 60 anos e não fala como o senhor. Eu o sigo desde criança e Deus nunca me apareceu para me dar uma certeza. Esse livro me dá fé e só isso: não dá garantia e nem certeza. Por isso, acho estranho que o senhor prometa milagres, graças, emprego e sucesso em nome deste livro.
E o pregador reagiu:
- Quem é você para me contestar? Você nem começou a viver e eu estou vivendo este livro há mais de 50 anos.
E replicou o jovem:
-Era só o que eu queria ouvir. Não irei mais às suas pregações. Vou procurar um profeta humilde que não garante nada, mas que aponta para aquele que me ensina a viver da fé. O justo vive da fé e o senhor vive da certeza e da garantia. Então só posso concluir que o senhor não é justo! Nunca mais voltou.

SANTO DO DIA

10 de Julho - Santo Antônio Percierskij

Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.
Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".
Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.
Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.
Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.
Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.

terça-feira, 9 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 09/07


A cura de um mudo - Mt 9,32-38

Enquanto os cegos estavam saindo, as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa-Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” Palavra da Salvação.

SANTO DO DIA


Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
1865-1942
Fundou a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição

09 de Julho - Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Amábile Lúcia Visintainer nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Foi a segunda filha do casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres.
Nessa época, começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile, que em setembro de 1875 escolheu o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vigolo.
Assim que chegou, Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e tornaram-se grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a primeira comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.Logo em seguida, o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a são Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor.
Amábile incluía, sempre, Virgínia nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos, embora não soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para lá rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia atuando como enfermeiras.
Essa também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro, tendo sido aprovada pelo bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois, Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule, outra jovem que se juntou a elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada superiora, passando a ser chamada de madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de madre Paulina e de suas irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poderem sobreviver.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra, madre Paulina foi convidada a transferir-se para São Paulo. Fixando-se junto a uma capela no bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Em 1918, madre Paulina foi chamada à Casa-geral, em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Nesse período, destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 9 de julho de 1942, na Casa-geral de sua congregação, em São Paulo.
Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991, quando o papa visitou, oficialmente, o Brasil. Depois, o mesmo pontífice canonizou-a em 2002, tornando-se, assim, a primeira santa do Brasil.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Homenagem Papa Bento XVI

Papa Emérito Bento XVI: Pescador de homens! (Pope Emeritus Benedict XVI:...

Homenagem ao Papa Bento XVI por FRASES DO SANTO PADRE

NOTICIAS DA JMJ RIO 2013 EM RELAÇÃO AOS KITS PEREGRINOS

Kits peregrinos serão entregues a partir do dia 15; voluntários recebem neste final de semana



Os peregrinos da JMJ Rio2013 poderão receber seus kits a partir do dia 15 deste mês em dois pontos: Santa Cruz e Sambódromo. O local de recebimento é pré-determinado em voucher que será enviado por e-mail. Os voluntários que já estão no Rio de Janeiro recebem seus kits neste final de semana, no Sambódromo ou em suas paróquias de referência. O horário de entrega é de 10h às 18h.
Segundo a Diretora Executiva do Setor de Inscrições da JMJ Rio2013, Ir. M. Shaiane Machado, o ponto de entrega do kit leva em consideração o local de catequese do peregrino. Ela explicou que os kits só serão entregues nos locais indicados no voucher. A entrega segue até o dia 27 de julho.
No dia 27, haverá distribuição do Kit Vigília somente no ponto da Igreja Nossa Senhora da Conceição em Santa Cruz, até às 14h. Ir. Shaiane recomendou ainda que os peregrinos prefiram retirar os kits entre os dias 15 e 21 de julho.
Responsável do grupo
Somente o responsável pelo grupo poderá retirar os kits peregrinos, apresentando o voucher impresso e o documento pessoal indicado na inscrição, o RG ou passaporte. O responsável poderá levar um acompanhante a cada 10 kits a serem retirados para ajudá-lo no transporte. É importante também ter em mãos o documento de transferência ou boleto e o comprovante de pagamento no momento da retirada do kit.
Grupos vinculados poderão retirar grandes volumes no período de 15 a 18 de julho de 2013. A entrega será feita ao responsável pelo grupo principal, apresentando o documento indicado na inscrição (RG ou Passaporte) e o voucher impresso tanto do grupo principal quanto dos subgrupos. Poderá utilizar caminhão de pequeno porte (tipo baú/van). Não haverá área de estacionamento, apenas área para carga do material.
Se houver algum peregrino do grupo que seja deficiente e/ou celíaco e/ou diábetico, o responsável deverá informar no momento da retirada das credenciais. Ele receberá um adesivo especial na credencial para retirada de alimentação.
Confira o material
A conferência do material retirado é de responsabilidade do responsável pelo grupo e deve ser feita ainda no local. Após saída do ponto de entrega de kit, não haverá troca e reposição de material em quaisquer circunstâncias.
O processo de retirada do kit poderá demorar algumas horas, por isso os responsáveis deverão prover alimentos e água. Não haverá venda de alimentos e bebidas no local.

EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 08/07


Jesus cura uma mulher e uma menina - Mt 9,18-26

Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, prostrou-se diante dele e disse: “Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem impor a mão sobre ela, e viverá”. Jesus levantou-se e o acompanhou, junto com os discípulos. Nisto, uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragias veio por trás dele e tocou na franja de seu manto. Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no seu manto, ficarei curada”. Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão agitada, e disse: “Retirai-vos! A menina não morreu; ela dorme”. Mas eles zombavam dele. Afastada a multidão, ele entrou, pegou a menina pela mão, e ela se levantou. E a notícia disso espalhou-se por toda aquela região. Palavra da Salvação.

MENSAGEM DO DIA: PE. ZEZINHO, SCJ

08/07 Pressa de anunciar Jesus - Pe. Zezinho, scj

A urgentização da mensagem cristã levou milhares de pregadores a fazer como fazem pizzaiolos e padeiros apressados. Vendem pizza e pão mal assados porque o freguês tem pressa de comer e, eles, pressa de vender e chamar fregueses. Com o tempo, o produto mal acabado se volta contra eles. Pronto atendimento não é o mesmo que qualidade.
Na pressa de tornar Jesus conhecido e na falta de teologia, catequese abrangente, antropologia, sociologia e psicologia entregam a parte que mais os encanta em Jesus e ignoram as outras partes dos evangelhos e da tradição cristã que constituem o depósito da fé. Não se ignora impunemente um caminhar de 2 mil anos.
Inquieta o número incontável dos que sobem ao púlpito para anunciar um Jesus, sobre o qual não leram mais do que dois ou três livros, se tanto. Há um evidente desfile pela mídia moderna de pregadores de todas as igrejas, com grandes lacunas na sua formação. Lembra o aumento de farmacêuticos, advogados e médicos despreparados, que empurram remédios ou respostas sobre os clientes. Como pode um médico oferecer em apena cinco minutos um diagnóstico confiável a um paciente que há meses se queixa de dores? 
Um aluno afoito, -e eles são necessários-, disse-me, em aula, que era melhor entregar um pão mal cozido para quem tem pressa e fome do que exigir que ele espere. Se aquele pão é o que ele quer, o padeiro tem mais é que dar o pão meio cru... Primeiro a fome da pessoa, depois o capricho do padeiro. Queria justificar as curas apressadas e as respostas imediatistas da mídia religiosa tipo "Faça isso.. Ore dez vezes...Reptia comigo... e Jesus o atenderá" 
Pus a classe a ponderar com ele. Outro aluno perguntou-lhe se o médico também poderia passar qualquer remédio contra asma para o cidadão que tem pressa... Na clássica resposta dos "apressadinhos de Jesus" ele retrucou que com saúde é diferente, porque pode haver risco de morte. E veio o arremate de um terceiro aluno: -Então, para você, verdade é assunto secundário. Não faz diferença se damos a resposta adequada, desde que seja imediata e seja, ainda, a resposta que o cliente veio buscar no seu templo!... 
Púlpito nas mãos de pregador inculto e sem leituras e estudos mais sérios é navio rumando para o naufrágio. É farmácia com atendente que empurra fármacos sem saber do seu conteúdo. Boa vontade não basta ao cozinheiro, nem ao pizzaiolo, nem ao atendente de farmácia. Espera-se mais de quem oferece curas e respostas ao povo de Deus. Hoje, qualquer um anda curando, anunciando e ouvindo Jesus...
A grande maioria dos conselheiros, curandeiros e taumaturgos de plantão tem graves lacunas na sua formação. Apostam na mística e na unção. É de se ver o que haverá depois daquela curva do rio...Como não conseguem planejar o amanhã e vivem do milagre hoje, aqui, agora, veremos onde estarão nas próximas décadas. A maioria dos manipuladores da fé acantonada no seu pequeno gueto religioso sucumbiu aos encantos dos próprios holofotes, a começar com Salomão, Gedeão e Sansão! Conheça a história, o brilho e o poder deles. Saiba para onde os levou aquele protagonismo sem substância ou coerência! Riqueza, heroicidade e violência resultou em desvio do projeto inicial!
... 

SANTO DO DIA

Eugênio III
Bem-aventurado
Papa
+1153

08 de Julho - Eugênio III

O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.

Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.

Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.

Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.

Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.

Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.

Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.