segunda-feira, 2 de março de 2015

# EVANGELHO DO DIA - Comentado


Sede misericordiosos - Lc 6, 36-38

Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós.







Deus é perfeito no amor e na misericórdia

Equivalente ao sermão da montanha de Mateus, é o sermão da planície de Lucas (Lc 6,17-49), que, no relato evangélico, é a sequência do chamado dos Doze apóstolos sobre a montanha, onde Jesus passou a noite em oração (cf. 6,12-16). O “sede misericordiosos” de Lucas corresponde ao “sede perfeitos” de Mateus. Deus é perfeito no amor e na misericórdia. O imperativo “sede misericordiosos” se baseia no que Deus é: misericordioso. A misericórdia de Deus se manifesta na sua bondade para com todos, ingratos e maus, justos e injustos (cf. v. 35), na acolhida dada por Jesus aos pecadores (cf. Lc 5,29-32; 7,36-50; 15,1ss; 19,1-10), na sua iniciativa de ir atrás da ovelha que se perdeu (cf. Lc 15). Cada um, independentemente de sua situação, pôde ou pode experimentar a misericórdia de Deus em relação a si mesmo. O que seria de nós se não fosse o amor de Deus que perdoa sempre? O que é exigido do discípulo em relação ao seu semelhante é exatamente essa misericórdia. O amor aos inimigos não é uma ideia ou um ideal longínquo, quase inatingível; ele se concretiza na renúncia a julgar, isto é, a condenar alguém (vv. 37a.37b), na disposição permanente e renovada de perdoar (v. 37c) e de entregar a si mesmo (v. 38a), como o Senhor se entregou para a salvação de toda a humanidade.

Pe. Carlos Alberto Contieri

Fonte: www.paulinas.org.br

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