segunda-feira, 30 de junho de 2014
# Dom Eduardo Pinheiro convida a Igreja a celebrar um ano da JMJ Rio 2013
O bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro da Silva, em sua carta mensal sobre a evangelização da juventude, convida a Igreja a comemorar um ano da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013. O bispo também destaca a necessidade do acompanhamento aos jovens, feito por adultos, chamado de ministério da assessoria. Ele lembra que esta é uma das urgências apontadas no Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil no Brasil, que aconteceu em dezembro de 2013. Dom Eduardo dá sugestões para suprir a carência na “quantidade e na qualidade” de acompanhantes e de assessores. ”O clamor dos jovens por assessoria não pode ser mais ignorado ou minimizado. Que o nosso amor afetivo a eles potencialize nosso amor efetivo, encontrando soluções criativas para atender a esta urgência!”, alerta. Confira o texto na íntegra:
Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil
“Enquanto conversavam e discutiam,
o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles.”
(Lc 24,15)
Somos, hoje, estes “discípulos de Emaús” do Evangelho de Lucas, alcançados diariamente pelo Senhor que nos orienta e nos fortalece no caminho… e no caminhar! É o Mestre que vem ao encontro da realidade dos seus discípulos, como fiel Acompanhante e exímio Assessor! Revigora nossas forças e nos enche de alegria, como fez ao nos proporcionar a JMJ Rio 2013, cuja festa de um ano celebramos neste mês de julho.
Elevamos aos céus uma grande Ação de Graças pelos frutos que a Jornada nos tem, ainda hoje, nos proporcionado: são inúmeros, como “as areias das praias do mar” (Gn 22,17)! Parabéns a todos aqueles, adultos e jovens, que não só acreditaram e se envolveram com este presente de Deus, mas aproveitaram para renovar seu amor à Igreja e seu compromisso pela causa juvenil.
O entusiasmo de muitos jovens nestes últimos tempos tem gritado aos nossos ouvidos, suplicando-nos a existência de mais adultos capacitados para acompanhá-los em sua busca de crescimento como discípulos missionários de Jesus Cristo. Eles, também, são aqueles “discípulos de Emaús” abertos a nós, adultos, que aceitamos ser embaixadores do Ressuscitado em suas vidas.
Vamos festejar este 1º ano de Jornada (cf. sugestão no site www.jovensconectados.org.br) comprometendo-nos a encontrar e capacitar mais adultos para o ministério da assessoria! Estamos convictos de que “na evangelização da juventude a assessoria deve constituir uma preocupação cuidadosa por parte de toda a Igreja, em todos os níveis”, mas é lamentável constatar que “a dificuldade principal para evangelizar as novas gerações” tem sido “a falta de pessoas com perfil adequado para este ministério. [...] Chama atenção a ausência de padres que abracem um trabalho de acompanhamento sistemático dos jovens. Os religiosos e leigos também estão muito distantes.” E queremos mais: queremos “resgatar no coração de todos a paixão pela juventude” (Doc 85, nos 203-205)! Quando uma pessoa, um ministro de Deus, um consagrado está apaixonado pelos jovens, ele é capaz de investir, de descobrir novos caminhos, de orientar com competência a vida das novas gerações a ele confiadas. Sem esta “paixão” não há solução! Em grande parte, a causa dos problemas dos jovens não está nos próprios jovens. Está em nós e em nossas estruturas que não os acompanham adequadamente nem valorizam seu protagonismo juvenil.
O Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil no Brasil, acontecido em dezembro passado à luz do Documento 85 da CNBB, destacou a 6ª. Linha de Ação – MINISTÉRIO DA ASSESSORIA – como uma de suas urgências pastorais. E definiu, assim, para os próximos anos, as duas PISTAS DE AÇÃO:
- 1. criar equipe de assessores em rede, garantindo a articulação, a capacitação, a animação e a formação contínua para assessores e acompanhantes;
- 2. disponibilizar assessores como opção efetiva pelas juventudes.
Estas duas urgências nos chamam a atenção tanto para a capacitação dos vários assessores já existentes, quanto para a descoberta de novos adultos com perfil para esta missão. Onde já existam pessoas envolvidas neste serviço é necessário criar situação de encontro entre elas para a melhoria deste trabalho eclesial. Onde isto ainda não acontece, é necessário um posicionamento mais consciente e concreto que garanta convites explícitos e envolvimento de outras pessoas mais liberadas. O clamor dos jovens por assessoria não pode ser mais ignorado ou minimizado. Que o nosso amor afetivo a eles potencialize nosso amor efetivo, encontrando soluções criativas para atender a esta urgência!
Será que ainda não estamos suficientemente sensíveis aos sinais esperançosos de nossos jovens? Temos menosprezado a força juvenil diante dos desafios desta mudança de época? Os sinais dos tempos trazidos de maneira intensa pelos jovens são acolhidos e refletidos em nossos ambientes paroquiais e espaços comunitários? O distanciamento de tantos jovens que já estiveram conosco um dia (grupos, movimentos, catequese) não têm mais nos incomodado? Aos que têm apostado na juventude a Igreja agradece: “Obrigado aos irmãos bispos, aos sacerdotes, aos seminaristas, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos que acompanham aos jovens (…) em sua peregrinação a Jesus”(Francisco, JMJ Rio, 25/07/2013).
Há tantas coisas que podemos fazer para suprir a carência na quantidade e na qualidade de acompanhantes e de assessores das novas gerações! Eis algumas sugestões:
1) definir em cada paróquia um casal (adulto ou jovem-adulto) que se responsabilize de maneira prioritária pela evangelização da juventude local;
2) promover anualmente um encontro dos responsáveis paroquiais das juventudes: assessores, catequistas, educadores, consagrados/as, pais e adultos ligados à Pastoral Familiar, Pastoral da Educação, Pastoral Vocacional, etc.;
3) criar e acompanhar a rede de assessores de jovens, para um melhor serviço a eles;
4) averiguar se os adultos que acompanham os jovens estão capacitados em: processo de educação na fé, projetos pessoais e grupais, cultura juvenil, espiritualidade, teologia etc.;
5) repassar material específico para a formação dos adultos, como, por exemplo os publicados pela CNBB: Documento 85, Estudos 76, Estudos 103, “Aos Jovens com Afeto”, Texto-base da CF 2013,“Civilização do Amor – projeto e missão” (CELAM);
6) investir nos assessores para que participem dos espaços formativos oferecidos pela CNBB (Curso EAD de Capacitação para Acompanhantes de Adolescentes e Jovens: www.eadseculo21.org.br/ead ; Capacitação de Assessores: www.jovensconectados.org.br) e por aqueles Centros e Institutos que servem à Igreja nesta missão;
7) garantir que em cada grupo, movimento, atividade juvenil haja sempre a presença acolhedora, educativa e capacitada de assessores adultos;
8) descobrir e convidar novos assessores para exercerem este delicado e urgente ministério junto aos jovens e aos seus grupos;
9) liberar os assessores de jovens de outros encargos na paróquia;
10) garantir a estabilidade do assessor escolhido bem como a sua substituição periódica, evitando, com isto, tanto as mudanças frequentes, quanto a permanência por longo tempo.
Assessorados por Deus que prometeu estar conosco “até o fim dos tempos” (Mt 28,20), sintamo-nos comprometidos com a qualidade de vida de nossos jovens. Peçamos, portanto, ao Espírito Santo, sabedoria, ternura e criatividade aos pais junto aos seus filhos, aos professores com seus alunos, aos catequistas no meio dos catequizandos, aos párocos e consagrados entre os jovens.
Maria, que acompanhou do começo ao fim seu Filho, nos ensine, no meio dos jovens, a acolhê-los por vocação, a abraçá-los com carinho, a atendê-los em suas necessidades, a preocuparmo-nos quando eles ignoram nossos cuidados, a provocá-los à maturidade da missão, a acompanhá-los em sua via-sacra cotidiana, a chorar suas dores e sua morte, a permanecer fiel a eles mesmo quando não sabemos o que fazer aos pés da cruz, a acreditar em seus sonhos de vida nova e na sua capacidade de transformação.
Grande abraço, queridos apaixonados e apaixonadas pela nossa juventude!
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdbPresidente da Comissão Episcopal
Pastoral para a Juventude da CNBB
Pastoral para a Juventude da CNBB
Fonte: CNBB
domingo, 29 de junho de 2014
# Santos: São Pedro e São Paulo
29 de Junho - São Pedro e São Paulo
A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.
Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.
A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.
Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.
São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.
São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".
São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
# EVANGELHO do DIA
ANO A - DIA 26/06
A casa construida sobre a rocha - Mt 7,21-29
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer:'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' Então eu lhes direi publicamente: 'Jamais vos conheci.Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática,é como um homem prudente,que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa,mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha.Por outro lado,quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa,e a casa caiu, e sua ruína foi completa!'Quando Jesus acabou de dizer estas palavras,as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.
# O celibato é uma vida de repressão sexual?
Por Christopher West
Recentemente, um ex-padre católico apareceu em um programa de televisão para defender sua escolha de deixar a Igreja a fim de se casar. Esse sacerdote lutou por vários anos contra o desejo que sentia por essa mulher, até que finalmente decidiu que suas únicas opções eram casar com ela ou reprimir seus desejos sexuais. Segundo sua visão, como ele anunciou para um público nacional, a "repressão" é a única opção para uma pessoa que permanece celibatário.
Isso é verdade? Será que nossas únicas opções quando se trata de desejo sexual consistem em “dar vazão” a ele ou reprimi-lo? De fato, para um mundo que vive ligado à luxúria sexual, o celibato permanente parece absurdo. A atitude geral do mundo para com o celibato cristão pode ser resumida em uma frase como essa: "Ei, o casamento é a única chance "legítima" que vocês cristãos tem de dar vazão a seus desejos. Por que diabos vocês querem desperdiçar esta oportunidade? Vocês seriam condenados a uma vida de desesperada repressão."
A diferença entre casamento e celibato, no entanto, nunca deve ser entendida como a diferença entre ter uma saída “legítima” para a luxúria sexual por um lado, e ter que reprimi-la, por outro lado. Cristo chama todos – não importa a sua vocação específica – a experimentar a redenção da dominação da luxúria. Apenas a partir dessa perspectiva é que as vocações cristãs (celibato e casamento) fazem qualquer sentido. Ambas as vocações – se forem vividas como Cristo pretende – derivam da mesma experiência da redenção da sexualidade.
Em primeiro lugar, o casamento não é uma "saída legítima" para dar vazão a nossas luxúrias e concupiscências sexuais. Como o Papa João Paulo II indicou uma vez, os cônjuges podem cometer “adultério no coração” uns com os outros, se eles tratam uns aos outros como nada mais do que uma válvula de escape para uma gratificação egoísta (ver TdC 43:3). Eu sei que é um clichê, mas por que tantas mulheres reclamam de "dor de cabeça" quando seus maridos querem sexo? Poderia ser porque elas se sentem usadas, em vez de amadas? Isto é a que a concupiscência nos leva – a usar as pessoas, e não a amá-las.
A libertação da dominação da concupiscência – essa desordem de nossos apetites causadas pelo pecado original – é essencial, ensinou João Paulo II, se quisermos viver nossas vidas "na verdade" e experimentar o plano divino para o amor humano (ver TdC 43:6, 47:5). De fato, o ethos sexual cristão “está sempre ligado ... com a libertação, por parte do coração, da concupiscência” (TdC 43:6). E essa libertação é tão essencial para celibatários consagrados e pessoas solteiras quanto o é para casais (ver TdC 77:4).
É precisamente essa libertação que nos permite descobrir o que João Paulo II chamou de “pureza madura”. Na pureza madura “o homem goza dos frutos da vitória sobre a concupiscência” (TdC 58:7). Essa vitória é gradual e certamente permanece frágil aqui na terra, mas é todavia real. Para aqueles agraciados com os seus frutos, abre-se um novo mundo – uma outra maneira de ver, pensar, viver, falar, amar, rezar. A união conjugal torna-se uma agraciada experiência de santidade, ao invés de uma base de satisfação do instinto. E o celibato cristão torna-se uma forma libertadora de um viver sua sexualidade como um “dom total de si” por Cristo e sua Igreja.
João Paulo II observou que a pessoa celibatária deve submeter “a pecaminosidade de sua humanidade aos poderes que emanam do mistério da redenção do corpo ... assim como qualquer outra pessoa deve fazer” (TdC 77:4). É por isso que ele indica que o chamado ao celibato não é só uma questão de formação, mas de transformação (ver TdC 81:5). A pessoa que vive essa transformação não é obrigada a dar vazão a suas luxúrias. Ela é livre com o que João Paulo II chamou de “a liberdade do dom.” Isso significa que seus desejos não estão no controle dele, mas sim, ele está no controle de seus desejos.
Em suma, a autêntica liberdade sexual não é a liberdade de praticar as próprias compulsões, mas é libertação da compulsão de se permitir se entregar à luxúria. Apenas uma pessoa livre assim é capaz de fazer um dom gratuito de si mesmo em amor – seja no casamento, ou em uma vida de devoção consagrada a Cristo e à Igreja. Para a pessoa que é livre dessa maneira, sacrificar a expressão genital da sexualidade em prol de um bem tão grande como o eterno Matrimônio entre Cristo e a Igreja não se torna apenas uma possibilidade: torna-se uma possibilidade bastante atraente.
Traduzido de: http://www.tobinstitute.org/newsitem.asp?NewsID=50
# O que é a CASTIDADE?
O QUE É A CASTIDADE? POR QUÊ É IMPORTANTE
VIVÊ-LA?
Quando falamos de castidade é muito provável que nos encontremos com muitos mal-entendidos. Muitos creem que a castidade é o mesmo que “não ter sexo nunca”, e que “isso é coisa para padres e freiras”. Poucos entendem seu verdadeiro significado e isso faz que não poucos reajam negativamente e se enganem quando somente mencionam a palavra. Quiçá nós mesmos, no meio de tanta confusão e ignorância, não acabamos por entender errado o que é a castidade. Por isso é importante esclarecer seu significado e suas implicações, para termos as coisas claras e para podermos dar argumentos aos outros de seu significado e sua importância para todos.
Primeiramente referimos à etimologia da palavra. Castidade vem do latimCastus, e se traduz ao espanhol como puro. Portanto, Castidade e pureza são sinônimos, significam o mesmo.
Sobre a pureza, podemos dizer que a buscamos e a preferimos de forma geral. Assim por exemplo, quando se trata de beber água, procuramos beber água pura e não suja. O mesmo podemos dizer sobre o ar, os alimentos, etc. Se se trata de metais, ou de joias, sucede a mesma coisa: sua qualidade ou seu valor aumentam de acordo com a pureza, pensemos em um diamante, por exemplo. E se tratamos de pessoas, nos repugna a companhia de uma pessoa suja e mau cheirosa; enquanto nos agrada a companhia de pessoas limpas e perfumadas. E assim acontece no todo: naturalmente preferimos o que é puro e limpo; o que não quer dizer que não existam pessoas perturbadas que prefiram a sujeira ou outras que não têm alternativa, por exemplo, quando se trata de beber água: se não há outra água para beber, melhor é arriscar-se a tomar água suja do que morrer de sede.
Aonde iremos com tudo isto? Pois bem, a castidade é a virtude que purifica o amor humano. Sim, e isto é que nem tudo o que se diz ser amor é verdadeiramente amor, ou nem todo amor é por si um amor puro. Há um amor puro e há um outro que não o é; e além disso, todo amor humano necessita de purificar-se continuamente para que não se contamine.
A esta altura estarás se perguntando: o amor pode ser ou ter algo de impuro? E se é assim, o que é que torna o amor impuro? Sim, o egoísmo torna o amor impuro, e mais, o egoísmo pode até mesmo se disfarçar de amor para obter o que quer de outra pessoa; como pode ser visto em uma pesquisa realizada com jovens homens universitários nos EUA: 40% admitiram que disseram à uma mulher “Eu te amo” somente para obter sexo.
A Castidade purifica o amor humano do egoísmo. E o que é o egoísmo? Em primeiro lugar é buscar os próprios interesses antes que o bem dos demais. É “amar-se a si mesmo” acima de tudo, e querer que o amem acima de tudo. Sou egoísta quando quero que a outra pessoa faça o que eu quero e não o que é bom para ela. Sou egoísta quando anteponho meus caprichos, meus impulsos e meus prazeres sobre o bem de outra pessoa. Se a primeira coisa que busco em um relacionamento é desfrutar do prazer que me é dado, também seja de “comum acordo”, que estou sendo egoísta e a outra pessoa também. O relacionamento se transforma em um egoísmo compartilhado por dois solitários, por dois “mendigos” que buscam algo um no outro, que possa satisfazer de alguma maneira seu grande vazio interior, seu grande vazio de amor.
O egoísta não se importa em fazer sofrer a outras pessoas, causar-lhes danos afim de obter o que quer. Como mencionado, as vezes o egoísmo se disfarça de “amor” afim de se obter o que quer. Outras vezes, quando há um amor inicial, quando há um afeto verdadeiro entre um jovem e uma jovem, o egoísmo é capaz de deformar e destruir o amor nascente. Este egoísmo se intromete no relacionamento quando os beijos se tornam apaixonados, quando levados por um impulso se excedem as carícias, e quando não há um domínio pessoal e se avançam cada vez mais em relação ao sexo.
Alguém objetará: “Mas, se nós dois estamos de acordo e nos amamos, o que há de mal?” Te respondo: quando a busca do prazer e do sexo entram no relacionamento antes do tempo (ou seja, antes do matrimônio), o relacionamento se distorce. O amor é como uma planta que é separada de sua raiz. Se não for cuidada, se for exposta ao fogo ou ao sol intenso, pode-se murchar e morrer. Para que o amor cresça e se torne maduro, para que se converta em uma árvore sólida que dá bons frutos, deve-se cuidar com a castidade, com o mútuo respeito, pondo os limites claros e lutando juntos por mantê-los. O grave risco que se corre quando se adiantam as coisas é:
Faz onze meses que estou com minha namorada, recentemente tivemos relações sexuais pela primeira vez e me doeu tanto haver feito, porque desde que o fiz não sou capaz de olhar o seu coração como fazia antes; “agora só penso nisto”. (17 anos)
Entendem? Havia amor, porém, um amor “principiante”, um amor que necessitava amadurecer, crescer, permanecer forte na espera. Ao se apressar, o olhar do jovem se deformou, se enturvou. E isso é o que geralmente sucede em um homem que não tem maturidade, que não é capaz de dominar-se, de esperar, de purificar suas intenções: deixa de ver o coração de sua amada e começa a vê-la cada vez mais como um objeto de prazer. Assim cresce o egoísmo, e o amor decresce e se murcha.
Este desvio e deformação do amor é um perigo de que pouquíssimos jovens são conscientes, e que muitos se negam a aceitar que podem passar por isso, “porque o nosso sim é amor”. Porém, isso lamentavelmente se produz com muita facilidade quando se excedem os limites no relacionamento, quando deixam as “rédeas soltas” à sensualidade que vai levando pouco a pouco ao erotismo e às relações sexuais. Nas palavras de uma jovem:
Eu tinha 15 anos e acreditava com todo o meu coração que era amor. Me disse que se o amava, que o deveria demonstrar. Foi assim que eu fiz. Em pouco tempo, ele já não queria mais passar tempo comigo, estava passando o tempo somente com meu corpo.
A experiência de outra jovem nos ajuda a reforçar ainda mais esta realidade:
Me dei conta que minha relação fracassou totalmente porque depois de haver me entregado, não havia mais liberdade, acabou o respeito, nem paz nem tranquilidade estavam em meu dia-a-dia, se acabaram os detalhes e depois disso, deixou de haver confiança, ocasionou milhões de problemas e em vez de sentir-me segura, me sentia insegura em 100%.
A castidade não limita o amor nem o reprime, mas, o purifica do egoísmo e o eleva à sua plena maturidade. A Castidade não vai contra a natureza, não é “antinatural” como alguns querem nos fazer acreditar, mas, “te transforma de um selvagem a um humano”, e também, em divino, e assim a castidade faz que sua natureza humana evolua a um nível espiritual superior. Somente então serás capaz de amar e ser amado/a como anseia seu coração, porque foste feito/a para o amor e porque somente um amor verdadeiro poderá satisfazer essa necessidade de amor que há em ti.
Agora te pergunto: Que forma de amor quer para você? Um amor puro? Ou um amor contaminado pelo egoísmo? Se você leu até aqui, com certeza quereis um amor puro, verdadeiro, autêntico, que responda aos teus anseios mais profundos, que traga alegria, paz, e felicidade ao seu coração. Sim, o caminho para alcançar este amor é a castidade,
a energia espiritual que sabe defender o amor dos perigos do egoísmo e da agressividade, e sabe promovê-lo até sua realização plena. (João Paulo II)
A castidade não é simplesmente “não fazer isto, ou não fazer aquilo”. Não é repreensão dos seus “impulsos naturais”. Não é um conjunto de proibições que te limitam ou impedem de expressar todo o seu amor. Nada mais equivocado do que isto. Quem crer que isso é a castidade, não passa de um grande ignorante. A castidade é, ao invés
uma forma de vida que te dá liberdade, respeito, paz, alegria e até romance, sem reprovações, sem temores nem angústias. A castidade liberta os casais da atitude egoísta de usarem um ao outro como objetos, deixando-lhes livres para ter e gozar de um amor verdadeiro. Viver a virtude da castidade, de forma positiva, vai purificando seu coração em todos os âmbitos, fortalece sua vontade e sua relação íntima com o Senhor. (Mary Beth Bonacci, Tus preguntas y respuestas sobre el sexo)
Pe. Jürgen Daum, Director de La Opción V
Tradução: Lucivan Santana de Andrade
quarta-feira, 25 de junho de 2014
# Papa Francisco concede Bênção Apostólica aos fiéis da Arquidiocese de Olinda e Recife
O arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, recebeu carta do Santo Padre, papa Francisco, na qual ele concede Bênção Apostólica ao povo de Deus da Arquidiocese de Olinda e Recife. A correspondência foi uma resposta ao convite feito por Dom Fernando para que o papa inclua a Arquidiocese no roteiro de visitas ao Brasil em 2017.
A carta do Sumo Pontífice foi enviada no dia 30 de maio. O texto afirma que ainda não foram apresentadas e nem fixadas datas para a vinda ao país, mas não descarta a possibilidade. “Estamos esperançosos em poder receber o Santo Padre no Recife em 2017. Contamos com as orações e torcida de todos para que este sonho realizado e possamos acolher o papa no nosso Estado”, afirmou o arcebispo.
Na correspondência papa Francisco diz que a Arquidiocese de Olinda e Recife está “em suas orações, e que concede-lhe, extensiva aos sacerdotes, religiosos e todos os fiéis dessa amada Igreja Particular um Bênção Apostólica”. O documento foi enviado pela Secretária de Estado do Vaticano.
A vinda do papa seria durante as comemorações do centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima. Uma das propostas do arcebispo é que o Santo Papa conheça o Santuário Arquidiocesano. O templo é a primeira igreja do mundo em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.
Visita – Papa Francisco deverá vir ao Brasil em outubro de 2017 para participar das celebrações pelos 300 anos em que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada por pescadores no Rio Paraíba, em São Paulo.
Da Assessoria de Comunicação AOR
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