terça-feira, 22 de outubro de 2013

NOTÍCIAS DA IGREJA PELO MUNDO

Igreja celebra memória litúrgica de João Paulo II, futuro santo




Nesta terça-feira, 22, a Igreja celebra a memória litúrgica do beato João Paulo II. A data coincide com o início de seu ministério petrino, em 22 de outubro de 1978. Neste ano, a celebração ganhou um tom especial, já que fiéis em todo o mundo vivem a expectativa pela canonização do beato, que será em 27 de abril de 2014.

Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978. Com um dos pontificados mais longo da história - quase 27 anos como sucessor de Pedro - o Papa polaco cativou fiéis em todo o mundo com sua simpatia.

Seu pontificado foi marcado por intensas atividades. Pode-se citar a conclusão da redação do Código de Direito Canônico, reformulado com base no Concílio Vaticano II, e a redação e promulgação do Catecismo da Igreja Católica (CIC). Em termos de número, visitou 129 países, escreveu 14 encíclicas, proclamou 476 santos e 1.318 beatos.

Uma atenção especial foi dedicada por João Paulo II à juventude. Em 1984, no Encontro Internacional da Juventude com o Papa, na praça São Pedro, ele entregou aos jovens a cruz, que seria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), instituída por ele mesmo em 1985.

O Pontífice também enfrentou momentos difíceis. Em 13 de maio de 1981, foi vítima de um atentado na praça São Pedro. O tiro que o atingiu submeteu-o a uma delicada cirurgia com extração de parte do intestino. Em julho de 1992, precisou de uma nova internação hospitalar, desta vez para retirar um pequeno tumor também no intestino. Em 1994, em consequência de uma queda, fraturou o fêmur.

Após 84 anos de vida e quase 27 à frente da Igreja Católica, João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005. Ele foi beatificado em 1º de maio de 2011 em cerimônia presidida pelo então Papa Bento XVI na praça São Pedro.


Última festa litúgica de João Paulo II como "beato"




No dia 01 de maio de 2011 uma multidão de peregrinos oriundos de diversas partes do mundo celebraram na Praça de São Pedro, no Vaticano, a beatificação do Papa João Paulo II.

Na ocasião, Bento XVI decretou que "a partir deste momento pudesse ser chamado de Beato e que era possivel celebrar sua festa no lugares e segundo as normas pela lei (canônica) a cada 22 de outubro".

Em 2014 a canonização do Papa polonês deve reunir outras milhares de pessoas para celebrar o momento que Francisco confirmará aquele grito da multidão de "Santo Subito!" ("Santo Imediatamente!") que ecoava durante seu funeral em 2 de abril de 2005.

O Papa emérito Bento XVI iniciou o processo de beatificação ignorando a restrição normal de cinco anos após a morte de uma pessoa. Em 28 de Junho do mesmo ano foi aberto o processo de beatificação de João Paulo II. No dia 19 de dezembro de 2009 o Bento XVI proclamou-o "Venerável", ao promulgar o decreto que reconhece as virtudes heróicas do "Servo de Deus" João Paulo II.
 
Mas, foi o relato da irmã Marie-Simon-Pierre vivenciou uma "cura completa e duradoura depois que membros de sua comunidade rezaram pela intercessão do Papa João Paulo II" atrubuindo a ele o milagre elevando-o a condição de "Beato".

No dia 14 de Janeiro de 2011 o Papa Bento XVI aprovou o decreto sobre o milagre atribuído ao Papa Wojtyla, permitindo a sua beatificação que aconteceu em Roma no dia 1 de maio de 2011, também domingo da Divina Misericórdia.

Em 30 de setembro o Papa Francisco anúnciou a canonização de Karol Józef Wojtył, para o dia 27 de abril de 2014, segundo domingo da Páscoa e Festa da Divina Misericórdia, esta última decretado pelo próprio João Paulo II. Este 22 de outubro de 2013 será a terceira e última vez que se celebrará a festa do "Beato João Paulo II".

O decreto acerca do culto litúgico concedido em honra ao Beato previa a celebração solene no calendário próprio da diocese de Roma e das dioceses da Polónia. Com a canonização, no próximo ano a invocação ao Papa Wojtyła será "São João Paulo II" e poderá ser celebrada pela Igreja no mundo inteiro de forma ordinária, diferentimente da memória facultativa reservada à condição de Beato.(JS)

Papa reflete sobre caminhos que ajudam a entender o mistério de Deus


A homilia do Papa Francisco nesta terça-feira, 22, na Casa Santa Marta, desenvolveu-se a partir de termos como contemplação, proximidade e abundância para compreender o mistério de Deus. O Santo Padre explicou que não se pode entendê-lo somente com a inteligência e que o grande "desafio" do Pai Celeste é inserir-se na vida humana para curar as chagas do homem, como fez Jesus.

Partindo da primeira leitura do dia, ele explicou que quando a Igreja quer dizer algo sobre o mistério de Deus usa somente uma palavra: "maravilhoso". "Contemplar o mistério, isto que Paulo nos diz aqui, sobre nossa salvação, sobre nossa redenção, somente se entende de joelhos, na contemplação. Não somente com a inteligência. Quando a inteligência quer explicar um mistério sempre se torna louca!".

A proximidade também ajuda, segundo Francisco, a entrar no mistério de Deus. Ele lembrou como Deus está próximo ao homem, desde o primeiro momento até imergir-se na vida humana através de seu Filho Jesus.

"Pra mim, vem a imagem da enfermeira em um hospital: cura as nossas feridas uma a uma, mas com as suas mãos. Deus se envolve, coloca-se nas nossas misérias, aproxima-se das nossas chagas e as cura com as suas mãos (...) Deus não nos salva somente por um decreto, uma lei; salva-nos com ternura, com carícias, salva-nos com a sua vida, por nós".

Quanto à terceira palavra - abundância - o Pontífice disse que onde há abundância de pecado há superabundância de graça. Lembrando que os homens têm os seus pecados, ele explicou que o "desafio" de Deus é vencer isto, curando as chagas, como fez Jesus.

"A graça de Deus sempre vence, porque é Ele mesmo que se doa, que se aproxima, que nos acaricia, que nos cura (...) Este mistério não é fácil de entender, não se entende bem somente com a inteligência. Somente, talvez nos ajudarão estas palavras: contemplação, proximidade e abundância".

Católicos e judeus se pronunciam contra a perseguição religiosa no mundo


A condenação às perseguições religiosas no mundo foi uma das conclusões do encontro que representantes católicos e judeus tiveram recentemente em Madri (Espanha), onde abordaram o tema "Desafios para a religião na sociedade contemporânea".

O Comitê Internacional de Ligação Católico-Judaico, fórum oficial para o diálogo permanente entre a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com os Judeus e o Comitê Judaico Internacional para Consultas Inter-religiosas (IJCIC ), tiveram na capital espanhola sua 22ª reunião de 13 a 16 de outubro.

O encontro esteve presidido por Betty Ehrenberg, presidente do IJCIC e pelo cardeal Kurt Koch, presidente da Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com os Judeus.

No documento final se recorda a herança compartilhada entre judeus e cristãos da relação de Deus com a família humana na história. "À luz desta história sagrada, os católicos e os judeus participantes na reunião tentaram responder às novas oportunidades e as dificuldades às que se enfrentam a crença e a prática religiosa no mundo atual", expressa o texto.

Nesse sentido, destacaram a preocupação do Papa Francisco "pelo bem-estar universal de todos, especialmente dos pobres e dos oprimidos".

"Para isso é necessário que cada pessoa goze de plena liberdade de consciência e de liberdade de expressão religiosa, individual e institucionalmente, em privado e em público. Deploramos o abuso da religião, a utilização da religião com fins políticos. Tanto judeus como católicos condenam as perseguições por motivos religiosos", manifestaram.

Do mesmo modo, o documento recomenda à Comissão Vaticana para as Relações Religiosas com os Judeus e à IJCIC unirem seus esforços para lutar contra a perseguição das minorias cristãs, chamando "a atenção sobre estes problemas e apoiando os esforços para garantir a plena cidadania para todos os cidadãos, independentemente de sua identidade religiosa ou étnica no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar e alenta os esforços para promover o bem-estar das comunidades cristãs e judaicas minoritárias em todo o Oriente Médio".

"Como o Papa Francisco falou em repetidas ocasiões ‘um cristão não pode ser um antissemita’. Animamos todos os líderes religiosos a continuar elevando a voz contra este pecado. A celebração do 50º aniversário da 'Nostra Aetate' em 2015 é um momento privilegiado para reafirmar a condenação do antissemitismo. Insistimos a que os ensinamentos antissemitas sejam eliminados da pregação e dos livros de texto em todo mundo. Do mesmo modo, qualquer expressão de sentimento anticristão é igualmente inaceitável", expressa.

Finalmente, recomendam a todos os seminários judeus e católicos incluir a instrução "sobre 'Nostra Aetate' e os documentos posteriores da Santa Sé incorporando esse texto a seus planos de estudo. É necessário ensinar às novas gerações como essa declaração mudou as relações entre judeus e católicos. Frente a estes desafios, os católicos e os judeus renovamos nosso compromisso de educar as nossas comunidades respectivas no conhecimento e no respeito pelo outro".

Fonte: ACI Digital

Da redação do Portal Ecclesia.

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