segunda-feira, 17 de novembro de 2014

# Especialista explica como católicos devem usar novas mídias


padre_clovisO Canção Nova em Foco desta semana destaca a iniciativa que a Igreja realiza para impulsionar a informatização e a cultura do uso das novas tecnologias em sua missão na América Latina: a Rede de Informática da Igreja na América Latina (RIIAL).
Quem explica esse trabalho e destaca como os católicos devem usar as novas mídias é o coordenador da Rede de Informática da Igreja no Brasil (RIIBRA), padre Clóvis Andrade de Melo, que também é assessor da Comissão Episcopal Pastoral Para a Comunicação da CNBB.
Essa Comissão tem duas frentes: uma atua pelos meios tradicionais e pela Pastoral da Comunicação (Pascom), e a outra pelos Meios Digitais, em que a RIIBRA está inserida. O responsável explica que o trabalho desta rede no Brasil é formar e incentivar os agentes de pastoral que já trabalham na Igreja.
Para padre Clóvis, que está a frente da RIIBRA desde o início do projeto, há 5 anos, o maior desafio é a inculturação no ambiente digital. “É necessário conhecer profundamente as linguagens e os ambientes digitais, inculturar a mensagem do Evangelho, de maneira que o anúncio seja compreensível nessa cultura atual.”
Por outro lado, ele destaca que a cada dia cresce na Igreja o interesse pela evangelização neste ambiente. Como exemplo, cita a quantidade de sites das dioceses, instituições e comunidades religiosas, além da iniciativa e criatividade de muitos jovens que têm criado aplicativos para smartphones e tablets. “Tem muitas iniciativas bonitas, nosso trabalho é promover a comunhão dessas iniciativas, para que uma incentive a outra.”
Bispos conectados
Um evento que chamou a atenção do responsável foi o II Curso de Comunicação para Bispos que aconteceu em novembro do ano passado em Recife (PE). Ele recorda que na ocasião os Bispos participaram de laboratórios práticos em media training, em que foram orientados a dar entrevistas e falar em público, além de participarem de uma oficina em mídias digitais.
“Compareceram na oficina quase 30 bispos que desejavam entender um pouco da linguagem do Facebook, do Twitter, das redes digitais. Foi bonito perceber que todos despertaram para essa realidade. Um diferencial bonito desse encontro foi que convidamos 14 jovens para serem instrutores dos bispos, para ajudá-los a entender a linguagem e a cultura.”

13o_encontroComo o católico deve usar as Redes Sociais
“A base para todo cristão na internet é o testemunho”, afirma o padre. Ele destaca a mensagem do Papa emérito Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011.
Na mensagem o Papa explica que comunicar o Evangelho através dos meios digitais não significa só inserir conteúdos declaradamente religiosos, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências e juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, ainda que não se fale explicitamente dele.
“O que eu procuro testemunhar no dia a dia na escola, trabalho, na rua, na Igreja, ambiente familiar não é diferente no ambiente digital.”

13º Encontro Continental da RIIAL
Entre os dias 17 a 21 de novembro, acontecerá em Lima, Peru, o 13º Encontro Continental da RIIAL. O evento tem como tema “Redes para uma Cultura do Encontro”.
Padre Clóvis explica que o evento quer refletir e propor ações concretas e articuladas para que a Nova Evangelização aconteça no ambiente digital. Ele destaca ainda que as reflexões do Papa Francisco sobre a importância de uma Igreja “em saída”, também serão aprofundadas.
Participarão bispos, religiosos e religiosas, sacerdotes e leigos profissionais em comunicação e informática. Todos os países da América Latina terão representantes. O encontro contará com a presença do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli.

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

# Papa Francisco nomeia bispo auxiliar para a Arquidiocese de Olinda e Recife


padre antônio tourinho netoO papa Francisco anunciou nesta quarta-feira, 12, um grande presente para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Por meio de publicação no L’Osservatore Romano, o pontífice oficializou a nomeação do monsenhor Antônio Tourinho Neto, de 50 anos, como bispo auxiliar desta Igreja particular. Natural de Jequié na Bahia, o sacerdote será sagrado no dia 17 de janeiro do ano que vem, no município baiano. A posse está marcada para o dia 22 de fevereiro, ainda sem local definido. A partir desta data, padre Antônio passará a ser dom Antônio e ajudará dom Fernando Saburido a administrar a arquidiocese que é formada por 19 municípios, além do Arquipélago de Fernando de Noronha. A região eclesiástica tem 115 paróquias e uma população estimada em quatro milhões de habitantes.
Monsenhor Antônio Tourinho recebeu a notícia de que seria bispo auxiliar de Olinda e Recife, no último dia 28 de outubro. Em carta enviada aos religiosos e fiéis da arquidiocese, o sacerdote contou da “forte emoção” que sentiu com o convite transmitido em uma ligação telefônica do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello. “Confesso que me encontro num estado de forte emoção e ciente da enorme responsabilidade a mim confiada. Creio também que ‘nada poderá nos separar do Amor de Deus’. É por este ideal e no bom propósito de anunciá-lo com meu testemunho, que desejo ir ao encontro de todos como bispo, sendo o primeiro a amar”, afirmou.
Disposto ao serviço pastoral, o novo bispo conta com uma vasta experiência. Depois de se formar técnico em ciências contábeis, em 1982 o então Antônio Tourinho Neto ingressou no Seminário Central da Bahia onde cursou o bacharelado em Filosofia. O seminarista concluiu seus estudos teológicos no Instituto de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele foi ordenado padre no dia 20 de janeiro de 1990. Como sacerdote assumiu diversas funções na Diocese de Jequié no estado baiano, dentre elas juiz auditor da câmara eclesiástica, chanceler da cúria e coordenador regional das Fazendas da Esperança na Bahia, Sergipe e Alagoas. Atualmente, ele á pároco da Igreja de Cristo Rei e vigário geral da Diocese de Jiquié.
“Neste momento tão importante da minha vida sinto a necessidade de agradecer imensamente ao Santo Padre, o papa Francisco, por tamanha confiança depositada em mim. Desejo expressar meus agradecimentos ao senhor arcebispo metropolitano, dom Antônio Fernando Saburido, em aceitar-me em sua família arquidiocesana. Por telefone, em nosso primeiro contato, ele repetia várias vezes: ‘seja bem-vindo’. Desde já, prometo-lhe ser seu fiel e principal colaborador”, disse o monsenhor Antônio. Ainda na carta, o novo bispo fez questão de saudar o arcebispo emérito dom José Cardoso Sobrinho, destacando que ele poderá contar com sua “estima e fraternal amizade”.
Para dom Fernando Saburido a notícia é sinal de alegria e esperança para toda a Igreja de Olinda e Recife. “No primeiro contato que tivemos percebi que o monsenhor Antônio Tourinho é uma pessoa muito simpática e que está disposto a contribuir com o desenvolvimento das ações pastorais da nossa arquidiocese”, declarou  o religioso.
Da Assessoria de Comunicação AOR

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

# CATECISMO DA IGREJA: PRIMEIRA PARTE -> A PROFISSÃO DA FÉ

PRIMEIRA SECÇÃO
«EU CREIO» – «NÓS CREMOS»
26. Quando professamos a nossa fé, começamos por dizer: «Creio», ou «Cremos». Portanto, antes de expor a fé da Igreja, tal como é confessada no Credo, celebrada na liturgia, vivida na prática dos mandamentos e na oração, perguntemos a nós mesmos o que significa «crer». A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele Se revela e Se oferece, resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida. Comecemos, pois, por considerar esta busca do homem (capítulo primeiro): depois, a Revelação divina pela qual Deus vem ao encontro do homem (capítulo segundo); finalmente, a resposta da fé (capítulo terceiro).
CAPÍTULO PRIMEIRO
O HOMEM É «CAPAZ» DE DEUS
I. O desejo de Deus
27. O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:
«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador»(1).
28. De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso:
Deus «criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n'Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (Act 17, 26-28).
29. Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus»(2) pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas (3) a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas(4), o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus(5) e foge quando Ele o chama (6).
30. «Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a rectidão da sua vontade, «um coração recto», e também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te  precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti (7).
II. Os caminhos de acesso ao conhecimento de Deus
31. Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, c homem que procura Deus descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas que as ciências naturais indagam mas no de «argumentos convergentes e convincentes» que permitem chegar a verdadeiras certezas.
Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação: o mundo material e a pessoa humana.
32. O mundo: A partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de Deu: como origem e fim do universo.
São Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus manifesto para eles, porque Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, a perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornam-se pelas suas obras, visíveis à inteligência» (Rm 1, 19-20) (8).
E Santo Agostinho: «Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar interroga a beleza do ar que se dilata e difunde, interroga a beleza do céu [...] interroga todas estas realidades. Todas te respondem: Estás a ver como somo belas. A beleza delas é o seu testemunho de louvor [«confessio»]. Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo [«Ptdcher»]que não está sujeite à mudança?» (9).
33O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, ele detecta sinais da sua alma espiritual. «Gérmen de eternidade que traz em si mesmo, irredutível à simples matéria» (10), a sua alma só em Deus pode ter origem.
34. O mundo e o homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim. Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento da existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, «e a que todos chamam Deus» (11).
35. As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana.
III. O conhecimento de Deus segundo a Igreja
36. «A Santa Igreja, nossa Mãe, atesta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas» (12). Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado «à imagem de Deus» (Gn 1, 27).
37. Nas condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, no entanto, muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da razão:
«Com efeito, para falar com simplicidade, apesar de a razão humana poder verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que protege e governa o mundo pela sua providência, bem como de uma lei natural inscrita pelo Criador nas nossas almas, há, contudo, bastantes obstáculos que impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas sensíveis; e quando devem traduzir-se em actos e informar a vida, exigem que nos dêmos e renunciemos a nós próprios. O espírito humano, para adquirir semelhantes verdades, sofre dificuldade da parte dos sentidos e da imaginação, bem como dos maus desejos nascidos do pecado original. Daí deriva que, em tais matérias, os homens se persuadem facilmente da falsidade ou, pelo menos, da incerteza das coisas que não desejariam fossem verdadeiras» (13).
38. É por isso que o homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre «as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para que possam ser, no estado actual do género humano, conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro» (14).
IV. Como falar de Deus?
39. Ao defender a capacidade da razão humana para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também com os descrentes e os ateus.
40. Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.
41. Todas as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) reflectem, pois, a perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das perfeições das suas criaturas: «porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor» (Sb 13, 5).
42. Deus transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para não confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» (15) com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas ficam sempre aquém do mistério de Deus.
43. Ao falar assim de Deus, a nossa linguagem exprime-se, evidentemente, de modo humano. Mas atinge realmente o próprio Deus, sem todavia poder exprimi-Lo na sua infinita simplicidade. Devemos lembrar-nos de que, «entre o Criador e a criatura, não é possível notar uma semelhança sem que a dissemelhança seja ainda maior» (16), e de que «não nos é possível apreender de Deus o que Ele é, senão apenas o que Ele não é, e como se situam os outros seres em relação a Ele»(17).
Resumindo:
44. O homem é, por natureza e vocação, um ser religioso. Vindo de Deus e caminhando para Deus, o homem não vive uma vida plenamente humana senão na medida em que livremente viver a sua relação com Deus.
45. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, em quem encontra a sua felicidade: «Quando eu estiver todo em Ti, não mais haverá tristeza nem angústia; inteiramente repleta de Ti, a minha vida será vida plena»(18).
46Quando escuta a mensagem das criaturas e a voz da sua consciência, o homem pode alcançar a certeza da existência de Deus, causa e fim de tudo.
47. A Igreja ensina que o Deus único e verdadeiro, nosso Criador e Senhor; pode ser conhecido com certeza pelas suas obras, graças à luz natural da razão humana (19).
48. Nós podemos realmente falar de Deus partindo das múltiplas perfeições das criaturas, semelhanças de Deus infinitamente perfeito, ainda que a nossa linguagem limitada não consiga esgotar o mistério.
49«A criatura sem o Criador esvai-se» (20). Por isso, os crentes sentem-se pressionados pelo amor de Cristo a levar a luz do Deus vivo aos que O ignoram ou rejeitam.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

# “A Igreja nos pede para não termos medo da gratuidade de Deus”

viewDe acordo com o Papa Francisco, que presidiu na manhã desta terça-feira, 04, a tradicional Missa matutina na Casa Santa Marta, na lei do Reino de Deus, “a recompensa não é necessária” porque Ele doa com gratuidade.
Segundo o Pontífice, às vezes, por egoísmo ou sede de poder, evitamos a festa à qual o Senhor nos convida gratuitamente, conforme escrito na parábola narrada no Evangelho de São Lucas.
“É muito difícil ouvir a voz de Jesus, a voz de Deus quando não se vê o horizonte porque o horizonte é ele mesmo. E por detrás disso, há outra coisa, mais profunda: o medo da gratuidade; temos medo da gratuidade de Deus. É tão grande que nos assusta”.
O Papa salientou que essa situação apenas acontece pelo fato das experiências da vida, muitas vezes, nos fizeram sofrer, da mesma forma como aconteceu com os discípulos de Emaús, que se afastam de Jerusalém; ou Tomé, que quer tocar para acreditar.
“Ficamos mais seguros nos nossos pecados, nos nossos limites, quando estamos em nossa casa; sair da nossa casa para ir ao convite de Deus, à casa de Deus, com os outros? Não. Sinto medo. E todos nós cristãos temos este medo. Confiantes no Senhor, mas não muito”, ressaltou.
Ainda, o Pontífice lembrou aos presentes que Jesus “pagou a festa com a sua humilhação até a morte, morte de Cruz. E esta é a grande gratuidade”, pois quando nós olhamos o Crucifixo, pensamos que “esta é a entrada à festa” do Senhor.
Finalizando, Francisco disse que hoje “a Igreja nos pede para não termos medo da gratuidade de Deus”.
“Devemos abrir o coração, fazer de nossa parte tudo o que podemos; mas a grande festa será feita por Ele.” (LMI)
Por Gaudium Press

# Papa celebra em sufrágio de bispos e cardeais falecidos

papa_sufragio-bispos-e-cardeais-falecidosUma celebração iluminada pela fé na ressurreição. Foi assim que o Papa Francisco caracterizou a Missa presidida por ele, nesta segunda-feira, 3, na Basílica de São Pedro, em sufrágio dos cardeais e bispos falecidos em 2014.
O Santo Padre explicou que toda a Divina Revelação é fruto do diálogo entre Deus e Seu povo; também a fé na Ressurreição está ligada a esse diálogo, que acompanha o caminho do povo na história. Em Jesus, disse o Papa, o mistério da Ressurreição não só se revela plenamente, mas acontece, torna-se realidade pela primeira vez.
Todos são chamados a entrar nesse acontecimento da Ressurreição, destacou Francisco. A partir da cruz de Jesus, passando pela escuta de seu grito e último suspiro e, por fim, vivendo o silêncio que se prolonga até o Sábado Santo, cada um é convidado a escutar o anúncio de que Cristo ressuscitou.
“Isso é o que prega o apóstolo Paulo: Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. Se Ele não ressuscitou, a nossa fé é vazia e inconsistente. Mas porque Ele ressuscitou, ou melhor, porque Ele é a Ressurreição, então a nossa fé é plena de verdade e de vida eterna”.
Francisco recordou, por fim, o testemunho dado pelos bispos e cardeais já falecidos em seu serviço à Igreja. “Muitas das suas faces são presentes em nós, e todos são olhados pelo Pai com o Seu amor misericordioso. E junto ao olhar do Pai Celeste há também o da Mãe, que intercede por esses seus filhos tão amados”.
Por Canção Nova