SER PAI
Mês de agosto é o mês das vocações, e nele comemoramos em especial a vocação paternal. Este chamado para Ser Pai não acontece por acaso, mas é um dom de Deus, uma vocação divina. Vocação, é acima de tudo, decisão e realização pessoal, chamado interior, paixão, amor e gosto pelo que é chamado a fazer; como diz o próprio termo: vocare, “chamar”. O chamado acontece por uma voz interior, um eco divino para empenhar-se na vocação de Ser Pai.
Uma das necessidades do ser humano é a segurança, algo ou alguém em que possamos se apoiar. Quando crianças, sabemos em quem confiar, principalmente quando estamos nos braços do nosso pai, confiamos que seus braços têm forças suficientes para nos proteger, e neles nos debruçamos. Na nossa vida terrena, todos possuímos um pai que nos deu a vida e que nos educou dentro de uma espiritualidade. Este pai terreno sempre nos mostra a existência de um Pai celeste, que é superior a ele, Deus, e a Ele todos devemos obediência, pois é o único Ser que nunca nos desampara, em quem sempre podemos confiar e buscar apoio quando mais precisamos.
No rosto do nosso pai sempre buscamos ver o rosto de Deus Pai; o amor, os cuidados de Deus se manifestam todos os dias em nossa vida, mesmo nas pequenas coisas, nos pequenos gestos realizados pelo nosso pai. É preciso ter olhos e coração sempre abertos, para perceber e crescer em confiança e gratidão, primeiramente a Deus Pai, por este pai que Ele nos deu para nos proteger aqui na terra. No entanto, este Ser Pai, exige e muito, do nosso pai; para nós, ele é manifestação da bondade, do amor que Deus tem por nós. Do amor que nosso pai tem por nós deduzimos que da mesma forma Deus Pai nos ama.
Na Bíblia Jesus nos mostra a imagem do filho pródigo. Quando o filho retorna arrependido aos braços do pai, diz “pai, pequei contra Deus e contra ti”. Nesta passagem reconhecemos que temos um Pai celeste e um pai terreno. É importante ainda recordar que nós somos pessoas felizes e realizadas quando estamos na presença do nosso pai, pois ele nos proporciona uma alegria e segurança incalculável, e foi movido pelo desejo dessa felicidade que o filho pródigo resolve voltar à casa do pai.
Da mesma forma nós, nesta data tão especial que dedicamos ao nosso pai, que é revelação de um Deus que é Pai e amor, devemos recordar os grandes momentos da nossa vida e agradecer a ele pela vida, segurança e pelo carinho que nos deu e nos dá, pois, afinal de contas, nós somos fruto também do seu amor a Deus. Olhando para o nosso interior, compreendemos que o amor é a característica maior, mais bela que um filho pode oferecer a seu pai. Assim como Cristo disse“quem conhece a mim conhece ao Pai da mesma forma quem realmente já provou do amor de pai, pode imaginar como é imenso o amor de Deus Pai.
Pedro Luiz Manchur, osbm
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